Páginas

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Conjutivite: como tratar e evitar

O calor, o suor e o tempo seco do verão criam uma condição favorável para o aparecimento e a disseminação da conjuntivite, inflamação na membrana que reveste a parte frontal dos olhos e o interior das pálpebras.

Para esclarecer o que é essa doença, quais são os sintomas e como preveni-la ou tratá-la, o programa Bem Estar (da Rede Globo) desta sexta-feira (25) contou com a presença do oftalmologista Emerson Castro, do Hospital das Clínicas, que ensinou a usar lenço de papel, algodão com soro, colírio e água gelada.


A conjuntivite dura, em média, até 15 dias e é caracterizada por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. Os tipos mais comuns são o viral, o bacteriano e o alérgico. Segundo Castro, o viral é o mais agressivo e de fácil propagação. Foi o que atingiu a família Ferreira, em São Paulo. A inflamação se espalhou por três dos quatro moradores – só a mãe ficou livre – e, ao que tudo indica, começou com uma pescaria do pai, João Ferreira, em Mato Grosso do Sul.


Objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de avanço do vírus ou da bactéria. Para o tratamento, é recomendado um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, com o uso de colírios, compressas, álcool em gel, lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais. Lavar as mãos com frequência também ajuda. Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social.


O aspecto vermelho dos olhos nos três tipos de conjuntivite é mais ou menos parecido. O que ajuda a diferenciá-los são os sintomas. No viral, além da vermelhidão e do inchaço característicos, há a sensação de areia ou corpo estranho e um forte lacrimejamento. Leva até duas semanas para o paciente melhorar e, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão. O tratamento é à base de compressas com água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes.


No tipo bacteriano, a secreção e o inchaço são mais intensos. Também há vermelhidão, mas o lacrimejamento não é tão frequente. Dura, em geral, uma semana. O tratamento é feito com colírios e antibióticos.


Na conjuntivite alérgica, o paciente sente coceira intensa e muito inchaço. A vermelhidão e o lacrimejamento não são tão proeminentes quanto nos outros tipos. O tempo de duração é variável e, para o tratamento, é importante afastar a pessoa do agente que causa a alergia, como maquiagem, perfume, poeira e pólen, entre outros.


Há, ainda, um quarto tipo da inflamação: a tóxica, causada por fatores externos como substâncias químicas, cloro, fumaça de cigarro ou poluição.


A conjuntivite no Brasil


Segundo o Ministério da Saúde, não há um número oficial de casos por ano no país, já que a doença não é de notificação obrigatória, como ocorre com a dengue. Mas é importante ficar atento, porque, se não for prevenida, pode provocar uma epidemia e levar à ausência de pessoas no trabalho, na escola e em outros compromissos sociais.


A inflamação acontece com mais frequência durante o verão, mas são registrados casos em todas as épocas do ano. Piscinas não tratadas, lagos e a água do mar podem ser meios de transmissão, dependendo da contaminação da água. A secreção nos olhos funciona como um veículo para o contágio - por isso, essa costuma ser a fase mais preocupante.



Fonte: Programa Bem Estar - Rede Globo - http://g1.globo.com/bemestar/

Nenhum comentário:

Postar um comentário