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sábado, 29 de maio de 2010

Mulheres e Salto Alto: as dores da beleza


Símbolo da elegância feminina, a invenção do salto alto está ligada a homens. Alguns apontam Leornardo Da Vinci como o inventor, mas a teoria mais aceita credita ao rei Luís XIV – que governou a França em um dos períodos de maior prosperidade, entre 1643 e 1715 – o título de grande responsável pelo uso dos sapatos de salto alto, desenvolvidos pelos artesãos palacianos. O fato é que mulheres e salto alto são indissociáveise elas estão dispostas a pagar um alto preço pelo uso contínuo, um elevado custo monetário e à saúde.
Ao longo do tempo, os saltos muito altos mudam a conformação dos pés, porque alteram a maneira como as mulheres pisam. Ao se equilibrar, a concentração do peso fica restrita aos dedos. Há, ainda, dificuldade na flexão da planta do pé – o que prejudica a circulação e potencializa a tendência a varizes. Além disso, o salto altera a musculatura da perna, tornando os músculos mais curtos na parte traseira e mais longos na frente. Muita gente já deve ter ouvido queixas de mulheres que afirmam que usam sempre salto alto e não sentem desconforto, mas quando trocam o calçado por modelos sem salto ou tênis, sentem dores na panturrilha (também chamada de batata da perna) e nos pés – sinais clássicos do encurtamento do tendão de Aquiles. Dores no joelho, no arco anterior dos pés, joanetes, calos, tendinites, unhas encravadas e danos à coluna, como lordose, são outros problemas ortopédicos causados pelo salto alto.
Uma pesquisa conduzida na Unicamp há alguns anos apontou uma exceção à regra - o salto alto beneficia a circulação. O estudo, que avaliou mulheres que se equilibravam em saltos de sete e 10 centímetros, comprovou que o uso do salto alto diminui a pressão nas veias. Uma pesquisa divulgada no início deste ano – realizada durante dois anos pela urologista dra. Maria Cerruto, da Universidade de Verona, com 66 mulheres com menos de 50 anos e que não estavam na menopausa – mostrou que o uso de sapatos com salto de até sete centímetros pode ajudar a relaxar e, ao mesmo tempo, fortalecer os músculos da região pélvica, relacionados ao orgasmo. O interessante nesse estudo é que a motivação da pesquisadora foi a preocupação com a disseminação de informações não comprovadas que ligavam o uso de saltos a males como a esquizofrenia. Diante disso, a médica resolveu procurar algo de positivo no uso do acessório. Por favorecer a circulação sangüínea no local, acaba por impedir que (as pernas??) fiquem inchadas.
Em contrapartida, um estudo da Sociedade Americana de Ortopedia aponta o salto alto como o vilão responsável pelo gasto de cerca de US$ 3 bilhões anuais com cirurgias nos pés.
O que é unanimidade nesse debate é que dificilmente as mulheres vão abrir mão desse acessório que é símbolo de feminilidade – e não importa o quanto elas saibam a respeito dos efeitos nocivos dos saltos altos para a saúde. Diante dessa constatação, me resignei e reuni cinco dicas básicas para diminuir esses riscos e minimizar o impacto negativo.
1. Alternar a altura do salto: Se em um dia você usou um salto muito alto, no outro prefira modelos de até quatro centímetros de altura. A prática faz com que a musculatura fique em um estágio intermediário. Pode parecer uma dica de moda, mas o fato é que o mesmo modelo (ou salto) não deve ser usado durante muitos dias para preservar a musculatura dos pés.

2. Modelos alternativos: Compre modelos com o bico e salto quadrado, que oferecem mais estabilidade e conforto. As plataformas – mais indicadas pelos ortopedistas – também são recomendadas porque distribuem melhor o peso por toda a extensão da sola.

3. Sapatos baixos ou tênis para dirigir e andar a pé: Crie um novo hábito. Mantenha no carro um modelo confortável e sem salto – tênis são bons exemplos – para dirigir. As mulheres que utilizam o transporte público, podem adotar o mesmo procedimento. Quando chegar ao trabalho troque pelo modelo de salto alto.

4. Massagear os pés: A massagem nos pés, ao final do dia, ajuda a restabelecer a circulação e funciona como uma prevenção a cãibras e dores musculares. Após a massagem, coloque as pernas para cima por alguns minutos.

5. Alongar a panturrillha: Um dos efeitos de saltos muito altos é o processo de encurtamento da panturrilha. Para prevenir esse impacto negativo, transforme o alongamento da panturrilha em um hábito diário. Ao chegar em casa, no final do dia, utilize um degrau para realizar um exercício simples e que ajuda a manter uma boa circulação do sangue no local: coloque metade do pé sobre o degrau e force a outra metade para baixo. Depois, faça movimentos circulares com os pés para o lado esquerdo e direito. Repita a operação nos dois pés, por 10 minutos.


Autor: Fábio Ravaglia - Médico Ortopedista graduado pela UNIFESP, Presidente do Instituto Ortopedia & Saúde (Organização não-governamental), Membro do corpo clínico externo dos hospitais Albert Einstein, Oswaldo Cruz e Santa Catarina.

Fonte: http://www.ortopediaesaude.org.br/

quarta-feira, 26 de maio de 2010

Doença Celíaca


Maio: Mês de Conscientização sobre a Doença Celíaca!

A doença celíaca é uma condição crônica que afeta principalmente o intestino delgado. É uma intolerância permanente ao glúten, uma proteína encontrada no trigo, centeio, cevada, aveia e malte. Nos indivíduos afetados, a ingestão de glúten causa danos às pequenas protrusões, ou vilos, que revestem a parede do intestino delgado. Esta condição possui outros nomes, tais como espru celíaco e enteropatia glúten-sensível.

A doença celíaca é considerada uma desordem autoimune, na qual o organismo ataca a si mesmo. Os sintomas podem surgir em qualquer idade após o glúten ser introduzido na dieta.

Quais são os sintomas da doença celíaca?
Os sintomas intestinais incluem diarréia crônica ou prisão de ventre, mal-estar, vômitos, inchaço e flatulência, irritabilidade, e pouco ganho de peso e até dores de cabeça, que são sintomas clássicos. Os pacientes podem apresentar atraso de crescimento, anemia da carência de ferro, osteopenia ou osteoporose, exames anormais de fígado, manchas na pele, mudanças de humor, e uma erupção na pele que faz coçar chamada dermatite herpetiforme, estes que são sintomas não clássicos. A doença celíaca também pode não apresentar nenhum sintoma.
Como a doença celíaca é diagnosticada?
A doença celíaca pode levar anos para ser diagnosticada. Os exames de sangue são muito utilizados na detecção da doença celíaca. Os exames do anticorpo anti-transglutaminase tecidular (AAT) e do anticorpo anti-endomício (AAE) são altamente precisos e confiáveis, mas insuficientes para um diagnóstico. A doença celíaca deve ser confirmada encontrando-se certas mudanças nos vilos que revestem a parede do intestino delgado. Para ver essas mudanças, uma amostra de tecido do intestino delgado é colhida através de um procedimento chamado endoscopia com biópsia. (Um instrumento flexível como uma sonda é inserido através da boca, passa pela garganta e pelo estômago, e chega ao intestino delgado para obter pequenas amostras de tecido).
Pelos sintomas serem comum a várias outras doenças e pelo fato de muitas vezes não se dispor de sintomas, a doença é de dificil diagnóstico, tendo uma média de 5 a 6 anos até o diagnóstico a partir do momento em que sintomas são identificados. Estima-se que pelo menos 1% da população mundial tenha a doença e não saiba.

Como é o tratamento da doença celíaca?
O tratamento consiste em evitar por toda a vida alimentos que contenham glúten (tais como pães,cereais, bolos, pizzas, e outros produtos alimentícios, ou aditivos, que contenham trigo, centeio, aveia e cevada). Medicamentos e outros produtos também podem conter glúten. Assim que o glúten é removido da dieta, a cura costuma ser total. Apesar da dieta sem glúten parecer extremamente difícil a princípio, algumas famílias tem tido muito sucesso com ela. É possível substituir as farinhas proibidas por fécula de batata, farinha de milho, amido de milho, polvilho doce ou azedo, farinha ou creme de arroz, farinha de araruta ou fuba´. Nutricionistas e grupos de apoio podem ajudar as famílias a se ajustar a essa dieta radical. Mesmo assim, pode levar vários meses até que elas se acostumem com a dieta sem glúten.

O que você pode esperar do tratamento?
Os pacientes podem começar a apresentar melhora 1 ou 2 semanas após o início da dieta. A intolerância à lactose causada pelo dano intestinal também diminui. Na maioria das pessoas, os sintomas desaparecem e a parede do intestino se recupera totalmente de 6 a 12 meses após o início da dieta sem glúten. Nas crianças, o crescimento e a força dos ossos volta ao normal. Visitas regulares a um nutricionista e a uma equipe de profissionais de saúde com experiência no tratamento da doença celíaca são importantes para ajudar a manter a dieta e monitorar possíveis complicações. Apesar de algumas pessoas serem capazes de voltar a consumir glúten sem sintomas imediatos, elas não “superaram” a doença celíaca, e não estão “curadas”. A dieta sem glúten deve ser seguida por toda a vida.

A doença celíaca é comum?
Estima-se que 1 em cada grupo de 100 a 200 pessoas nos EUA e na Europa tenha a doença celíaca. No Brasil ainda não temos um número oficial, mas na última pesquisa publicada pela UNIFESP, em um estudo feito com adultos doadores de sangue, o resultado apresentou incidência de 1 celíaco para cada grupo de 214, moradores de São Paulo.

Quem corre o risco de contraí-la?
As pessoas com maior risco de contrair a doença celíaca são aquelas que têm diabete do tipo 1, doença autoimune da tiróide, síndrome de Turner, síndrome de Williams, ou parentes com a doença celíaca (predisposição genética). Você pode ter a doença celíaca mesmo sem fazer parte de um dos grupos de maior risco.

Dia 14 de Maio é o Dia Internacional da Doença Celíaca, e por todo o mês, considerado o da Conscientizaçao sobre a doença, são promovidos eventos especiais em vários estados (como caminhadas, cursos de culinárias, palestras, etc).

Uma prática regular de exercícios físicos comcomitante com a dieta isenta de glúten, ajuda muito a fortalecer a saúde do Celíaco. Muitas pessoas, mesmo com a dieta, têm difiiculdade de engordar. Por isso a dieta isenta de glúten é seguida até mesmo por pessoas não celíacas que querem emagrecer e ter uma vida saudável.

Fonte 1: http://www.doencaceliaca.com.br/doencaceliaca.htm - Federação Nacional das Associações de Celíacos do Brasil

domingo, 23 de maio de 2010

Alongamento Muscular, uma atividade importante


Todo mundo fala na importância do alongamento antes e depois da prática de qualquer atividade física. Mas você sabe exatamente para que serve? Aprenda aqui!

O alongamento é uma forma terapêutica elaborada para aumentar o comprimento de estruturas moles de tecidos, os chamados músculos encurtados, e desse modo permitir a extensão da amplitude do movimento. Só para exemplificar, repare nos animais domésticos, especialmente cães e gatos: sempre que se levantam, depois de um período de repouso, esticam-se demoradamente antes de começarem a se movimentar.

Antes da prática da atividade esportiva, seja ela qual for, - e também ao seu término -, os alongamentos são necessários para preparar a musculatura para um melhor desempenho físico ou para distribuir o sangue de maneira mais uniforme no tecido muscular. Esses exercícios proporcionam uma maior flexibilidade articular na execução dos movimentos.

Na prevenção de lesões musculares - como a contratura e a distensão - o alongamento é parte obrigatória da rotina entre os atletas profissionais, amadores e iniciantes na atividade física. Para nossos jovens esportistas o condicionamento e a regularidade desta prática traz estes importantes benefícios. Veja quais são:

- Aumento da flexibilidade do corpo em geral.
- Prevenção no risco de lesões antes da prática esportiva.
- Prevenção de contraturas irreversíveis.
- Recuperação com maior rapidez da amplitude do movimento normal das articulações.
- Preparação do corpo para o esporte, evitando riscos aos músculos esqueléticos, tendões e articulações.
- Após a atividade física, alguns alongamentos recuperam os músculos mais exigidos e cansados e já preparam a musculatura para as próximas atividades (surf, skate, futebol, corrida, etc...).

Cuidado, campeão: alongamento também pode machucar!

- Para quem não está acostumado, é preciso começar com cautela e de maneira progressiva. Mas alongue sempre no início de cada atividade física.
- Excesso de carga nos alongamentos pode, em vez de prevenir, machucar.
- Na execução do movimento alongado, observe a postura corporal.
- Para regiões muito específicas, é necessária a orientação de um fisioterapeuta.

Fique de olho

- Dores musculares, lombares e tensões musculares podem ser diminuídas com alongamentos, principalmente após os jogos, as atividades mais intensas e as brincadeiras.
- Os alongamentos, na medida em que relaxam, podem regular as atividades do corpo. Sua prática deveria ser diária, a exemplo do que fazem os animais.

Gostosa sensação de corpo relaxado

- Relaxamento, este é a primeira sensação após uma série de exercícios de alongamento.
- Facilidade na movimentação motora.
- Desenvolvimento da consciência corporal. No alongamento, várias partes do seu corpo são focadas e você consegue entrar em contato com elas.
- Auxilia na liberação dos movimentos bloqueados por tensões emocionais.
- Melhora e ativa a circulação.

E aí, aprenderam? Então, mãos à obra; alongue-se já!

Autor: Sergio Vaz - Fisioterapeuta, Educador Físico e Preparador físico - Especialista em Fisiologia.

Fonte: http://www.sjm.com.br/layout2009/detalhes_dicas.asp?cod=49 - Sociedade Joinvilense de Medicina

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Por que é tão difícil deixar de ser sedentário ?


Quando falamos sobre iniciar a prática de uma atividade física sentimos uma certa dose de resistência, algum estresse e, muitas vezes, repulsa por esta mudança de comportamento. E você sabe que isso ocorre por causa da amígdala cerebral? Ela é responsável pela manutenção da rotina, pela repetição dos hábitos e por assegurar que você não mude.

Esse mecanismo primitivo foi importante há 10 mil anos, quando a oferta alimentar era escassa e ter um comportamento de poupar energia era um diferencial para a sobrevivência, ou seja, é uma programação para evitar o estresse, a dor, defender-se de incertezas, resistir às mudanças, gerando a rotina. A amígdala cerebral emite constantemente sinais de que se não há mudanças não há preocupações.

Porém, sabemos que hoje a realidade é muito diferente, temos uma oferta alimentar imensurável e muito estresse, uma somatória perfeita para que a amígdala cerebral envie mais sinais de repulsa a mudanças. Por isso, é muito comum ouvirmos de indivíduos sedentários crenças limitantes como “eu já estou cansado de tanto trabalhar e se eu treinar ficarei mais cansado ainda”, um erro de comportamento comum e induzido por nosso sistema cerebral mais primitivo.

Superar esta barreira é muito simples: lembre-se que a amígdala cerebral, quer evitar dor e sofrimento. Portanto, faço a seguinte pergunta: se você continuar sedentário, com hábitos que não geram saúde, qual será a sua realidade daqui há cinco, dez ou até mesmo 20 anos? Como e com quem você estará vivendo? O que você perderá sendo sedentário? Esta questão é a chave para a sua mudança. Enquanto você lê este texto, seu cérebro já deve estar pensando em quando você iniciará a prática da atividade física, afinal você quer ter longevidade.

Dê um banho de suor em sua vida, em sua mente; sua qualidade de vida, seu sono e sua produtividade logo mudarão. Domine os seus impulsos primitivos e faça uma imagem mental de como estará a sua vida em dez anos se você adotar, agora, hábitos promotores de saúde e longevidade.


Autor: Giulliano Esperança - Graduado em Educação Física pela UNESP, Pós-graduado em Fisiologia do Exercício pela Unifesp e Pós-graduado em Obesidade e Emagrecimento pela UGF

sábado, 15 de maio de 2010

Yoga é coisa de homem também . . .


Cada vez mais é comum encontrar homens em centros de Yoga. Além dos benefícios físicos, muitos homens buscam o Yoga para aprimorar suas capacidades de reflexão, afastar o estresse e desenvolver a concentração.

“A busca do equilíbrio físico e mental é o principal benefício para os praticantes de Yoga” explica o Prof. Leonardo Jales, que ensina Yoga há cinco anos e complementa: “Equilíbrio para o homem significa poder conciliar atividades físicas de alto impacto como corrida e musculação com o alinhamento do corpo e alongamento; e ainda, poder aliviar as pressões do trabalho através de uma técnica que estimula a introspecção”.

Dentre as várias modalidades de Yoga, o Iyengar possui claras vantagens para praticantes do sexo masculino. “Tipicamente, o homem possui menor alongamento da musculatura, o que pode causar algum tipo de frustração inicial” diz Leonardo, e complementa: “Por se utilizar de materiais de apoio como cordas, blocos e almofadas, o Iyengar permite ao iniciante atingir as posturas de Yoga (assanas) mais facilmente e sem risco de lesões, para então evoluir gradualmente em direção à flexibilidade”.

Os maiores benefícios da yoga para os homens é que a yoga trabalha o alongamento de músculos e alivia a rigidez causada pela prática de corrida e musculação, ativa todos os músculos, articulações e órgãos do corpo, treina a concentração e consciência corporal, pois alcançar um assana de yoga exige introspecção e uma grande atenção aos detalhes e, por fim, a yoga ainda purifica o corpo de toxinas. A prática de Yoga aquece o corpo e estimula a transpiração.


terça-feira, 11 de maio de 2010

A cor dos alimentos


Variedade de cores das frutas e verduras confere propriedades saudáveis aos alimentos.

É fácil listar alimentos com cores fortes e chamativas, como tons de vermelho, amarelo e roxo. No entanto, as cores nos alimentos não servem apenas para deixá-los mais bonitos e atraentes. Os pigmentos coloridos dos vegetais e frutas fortalecem o sistema imunológico, previnem doenças do coração e crônico-degenerativas, protegem as células da ação dos radicais livres, entre outros benefícios.

Por isso, quanto mais coloridos os pratos, mais nutritivas serão as refeições. Consumir pratos monocromáticos com frequência pode acelerar o processo de envelhecimento.

Isso é o que explica o nutrólogo Durval Ribas Filho para a revista O Médico & Você nº3. Segundo ele, existem seis grupos de alimentos divididos nas cores branca, vermelha, verde, amarela ou laranja, marrom e roxa ou preta. A seguir, veja as propriedades de cada um desses grupos e exemplos de alimentos que pertencem a eles:

* Brancos, como banana, leite e feijão branco: são fontes de potássio e cálcio, o que contribui para a preservação e fortalecimento dos ossos. Também são essenciais para o funcionamento do sistema nervoso e dos músculos.

* Vermelhos, como tomate, morango e pimentão: auxiliam no combate ao cansaço, falta de desejo sexual e depressão. Contêm licopeno, que confere o vermelho aos componentes desse grupo, associado à vitamina C: juntos apresentam efeito antioxidante.

* Verdes, como abacate, brócolis e alface: o pigmento é a clorofila, que é um energético celular. Ela limpa o organismo e impede que ele absorva substâncias químicas, além de ajudar a proteger o cabelo e a pele.

* Marrons, como nozes, lentilha e soja: por serem ricos em fibras, esses alimentos ajudam a regular o intestino, são vasodilatadores e auxiliam no combate à ansiedade.

* Amarelos ou laranjas, como milho, cenoura e mamão: ricos em betacaroteno e vitamina C, os alimentos desse grupo reforçam o sistema de defesa e são importantes na manutenção de tecidos e cabelos.

* Roxos ou pretos, como ameixa, beterraba e uva: entre outros benefícios, eles ajudam a retardar o envelhecimento, auxiliam o sistema nervoso e protegem o coração.

Fonte: Revista O Médico e Você (nº3), da Associação Médica Brasileira

sábado, 8 de maio de 2010

Dormir é muito mais do que repousar ?


É durante esse modo particular de funcionamento do cérebro que a adenosina acumulada ao redor dos neurônios é removida.

Alguns se sentem bem dormindo menos, outros precisam de quase duas horas a mais. Em média, são umas oito horas diárias de sono -e todo mundo sabe, por experiência própria, que elas são imprescindíveis.

Dá para não dormir uma noite ou outra, ou dormir menos a cada noite, mas as consequências são imediatas: os olhos doem, junto vem o cansaço, fica difícil encontrar as palavras e fazer contas de cabeça e ainda é preciso lidar com a sonolência, o jeito que o cérebro tem de não deixar ninguém ficar sem dormir tempo demais.

Afinal, se a insônia for total e permanente, ela leva à morte em algumas semanas (não, perder uma ou duas noites de sono aqui e ali não mata ninguém).
Dormir é muito mais do que repousar. Uma vez por dia, os vertebrados e até as moscas passam por um período de várias horas com o cérebro funcionando diferente, e não apenas em "repouso": é sono mesmo.

Em todas essas espécies, o sono é autorregulado: quanto menos se dorme, mais é preciso dormir. Isso ocorre porque o sono é consequência direta do funcionamento do cérebro: a sonolência vem do acúmulo de adenosina, substância produzida pelo próprio trabalho dos neurônios. Quanto mais trabalham, mais adenosina é liberada e vai se acumulando no cérebro até... chegar o sono.

A adenosina impõe limites ao funcionamento dos neurônios e está relacionada à fadiga após o esforço mental sustentado. Além disso, a partir de um certo ponto, a adenosina começa a desligar os sistemas que promovem a vigília e a motivação e a acionar aqueles que promovem o adormecimento. É inevitável, portanto: quanto mais a pessoa fica acordada, mais sono sente.
E aqui entra o papel reparador do sono: é durante esse modo particular de funcionamento do cérebro que a adenosina acumulada ao redor dos neurônios é removida. Por isso, acordamos fresquinhos, com os neurônios prontos para mais um dia. É também durante o sono que as sinapses, as conexões entre os neurônios, são recalibradas, o que é fundamental para o aprendizado.
Aprender, e lembrar do que se aprendeu, é um processo que não termina ao fim da aula, mas continua até enquanto dormimos.
Além disso, também é durante o sono que se recupera a habilidade de lidar com o estresse. Sem dormir o suficiente, o cérebro sucumbe rapidamente ao estresse, com ansiedade, agressividade e doenças. Sem falar que a própria falta de sono já é um estresse. Mas dessa parte você já sabia...

terça-feira, 4 de maio de 2010

Pilates para Crianças


Existem várias diferenças entre o modo de vida das crianças de ‘antigamente’ para as de hoje. Antes, até mesmo para as brincadeiras era necessário um certo esforço físico — subir em árvores no esconde-esconde, jogar futebol em terrenos baldios, correr em carrinho de rolimã, queimada… Hoje, para a maioria, a diversão é dentro de casa ou apartamento; entenda-se televisão, computador e vídeogame. Sem contar com a agenda corrida de colégio, curso de línguas, educação física, quase sempre carregando bastante peso na mochila. Isso tudo, além de estressar os pequenos ainda gera sequelas na postura, entre outros problemas. Para tratar tudo isso, o Método Pilates pode ser uma poderosa ferramenta.

Mas quando se fala em pilates para crianças, uma das primeiras perguntas a vir nas mentes dos pais é: “Mas não é uma atividade muito puxada para meu filho? Não vai comprometer seu desenvolvimento?”

Segundo os especialistas, é justamente o contrário. O pilates só tem a contribuir para o desenvolvimento das crianças, uma vez que além de fortalecer a musculatura para suportar a carga da mochila, corrige a postura, introduz à disciplina, concentração e ainda serve de canal para extravasar a energia típica da idade.

Segundo a professora Bianca Dore, o pilates pode ser aplicado a partir dos quatro anos de idade, desde que em turmas específicas, só com crianças. Ela explica que os exercícios são aplicados de forma lúdica, como uma brincadeira, com o objetivo de conquistar os pequenos alunos à pratica do método e assim corrigir não só os maus hábitos posturais motivados pelo peso da mochila, mas também pela forma relaxada de sentar diante da tevê, do computador e até mesmo na cadeira escolar.

Na fase entre a infância e a adolescência ocorrem as maiores transformações no nosso corpo, que cresce de forma acelerada, definindo-se. O peso exagerado da mochila escolar e a forma inadequada de sentar-se são umas das principais causas de problemas ortopédicos futuros. O pilates tem sido bastante procurado, pelos pais bem informados sobre o método, por prevenir, minimizar e corrigir desvios posturais através de exercícios que se adequam e respeitam os limites e as necessidades de cada criança.

Luciana Fontes, mãe de Gabriela, de 10 anos de idade, conta que resolveu colocar a filha no pilates por considerar ser a forma mais correta de ela se exercitar sem agredir a musculatura em desenvolvimento — o que, em sua opinião, geralmente acontece em outras atividades físicas.

“Além disso, tem o auxílio direto do professor. Decidi inscrevê-la nas aulas para consertar a postura, pois percebo que às vezes ela fica um pouco relaxada. Ela já fez balé e pratica vôlei no colégio. Tem toda uma herança de arte e exercícios físicos na família”, comenta Luciana.

O fato de ser professora de pilates fez com que Marivani Rocha colocasse seus dois filhos gêmeos, Gabriel e Pedro — hoje com quatro anos de idade — nas aulas do método. E isso já faz dois anos. “Desde cedo procurei fazer os exercícios com eles, pelo menos uma vez por semana. Eles têm muita energia e temos que fazer com que a gastem.”

Marivânia também comenta o fato de as crianças estarem muito mais sujeitas ao sedentarismo. “Hoje tem muito computador. Logo cedo, as crianças já sabem ligar, entrar na internet, visitar sites, jogar. Passam as horas vagas sentadas diante dele. Antes as brincadeiras eram correr, subir em árvores; precisava de mais de esforço físico.”


Quais os benefícios do pilates para crianças?
Ele trabalha a consciência corporal de forma muito forte. Observamos que as crianças, por hábitos de vida mesmo, também pela carga de escola, carregar mochila, a postura que ela tem de ficar por muito tempo nas cadeiras do colégio, estudando, acabam desenvolvendo uma má postura decorrente dessas atividades diárias deles. O que a gente tenta fazer no pilates é trabalhar exatamente nessa parte de consciência corporal, pois não podemos trabalhar com eles a parte de fortalecimento em si. A gente alonga a musculatura deles. É incrível, hoje em dia, o grau de encurtamento dos jovens e crianças; isso porque não praticam mais tanto atividades físicas como antigamente, têm a vida muito mais corrida: saem do colégio e vão para o inglês ou outra atividade, muito tempo no computador, e a atividade física em si fica de lado. Então trabalhamos em cima da consciência corporal para refletir em cima de uma postura mais adequada.

E o que significa “encurtamento”?
O ideal seria que todo mundo praticasse uma atividade física que pudesse alongar determinados grupos musculares. E o que acontece? Como eles passam muito tempo na postura sentada, na frente da televisão, do computador, no colégio, eles acabam encurtando, principalmente, essa musculatura posterior das pernas e encurvando os ombros, o peitoral, a musculatura anterior. No pilates, a gente vai justamente tentar trabalhar isso; alongar essa cadeia posterior, que vai possibilitar uma postura em pé mais ereta, mais consciente, e também abrir mais o peito, facilitando o alinhamento da coluna.

Há uma idade mínima para a criança ingressar no pilates?
Podemos trabalhar com crianças a partir dos quatro anos. O ideal é que elas trabalhem em grupos separados, pois não temos como trabalhar crianças junto com adultos porque é algo diferenciado, a aula é voltada para elas. De preferência, que essas crianças mais novinhas façam um esporte associado ao pilates. Mas não tem uma regra de idade; a partir dos quatro anos, elas já conseguem entender o que estão fazendo. Nós vamos moldando aos poucos. Tem que ser algo lúdico, meio como uma brincadeira. Aí eles vão ganhando disciplina, concentração, tranquilidade, aliviam a mente.

Praticando o pilates eles suportam melhor o peso da mochila?
Sim, porque os músculos vão estar mais bem alongados, preparados para esse suporte de carga, além da consciência deles em relação ao corpo.


Texto indicado: Paula Dias
Fisioterapeuta com Formação Internacional em Pilates Clínico