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quinta-feira, 20 de maio de 2010

Por que é tão difícil deixar de ser sedentário ?


Quando falamos sobre iniciar a prática de uma atividade física sentimos uma certa dose de resistência, algum estresse e, muitas vezes, repulsa por esta mudança de comportamento. E você sabe que isso ocorre por causa da amígdala cerebral? Ela é responsável pela manutenção da rotina, pela repetição dos hábitos e por assegurar que você não mude.

Esse mecanismo primitivo foi importante há 10 mil anos, quando a oferta alimentar era escassa e ter um comportamento de poupar energia era um diferencial para a sobrevivência, ou seja, é uma programação para evitar o estresse, a dor, defender-se de incertezas, resistir às mudanças, gerando a rotina. A amígdala cerebral emite constantemente sinais de que se não há mudanças não há preocupações.

Porém, sabemos que hoje a realidade é muito diferente, temos uma oferta alimentar imensurável e muito estresse, uma somatória perfeita para que a amígdala cerebral envie mais sinais de repulsa a mudanças. Por isso, é muito comum ouvirmos de indivíduos sedentários crenças limitantes como “eu já estou cansado de tanto trabalhar e se eu treinar ficarei mais cansado ainda”, um erro de comportamento comum e induzido por nosso sistema cerebral mais primitivo.

Superar esta barreira é muito simples: lembre-se que a amígdala cerebral, quer evitar dor e sofrimento. Portanto, faço a seguinte pergunta: se você continuar sedentário, com hábitos que não geram saúde, qual será a sua realidade daqui há cinco, dez ou até mesmo 20 anos? Como e com quem você estará vivendo? O que você perderá sendo sedentário? Esta questão é a chave para a sua mudança. Enquanto você lê este texto, seu cérebro já deve estar pensando em quando você iniciará a prática da atividade física, afinal você quer ter longevidade.

Dê um banho de suor em sua vida, em sua mente; sua qualidade de vida, seu sono e sua produtividade logo mudarão. Domine os seus impulsos primitivos e faça uma imagem mental de como estará a sua vida em dez anos se você adotar, agora, hábitos promotores de saúde e longevidade.


Autor: Giulliano Esperança - Graduado em Educação Física pela UNESP, Pós-graduado em Fisiologia do Exercício pela Unifesp e Pós-graduado em Obesidade e Emagrecimento pela UGF

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