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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Pé Diabético


A prevenção é o melhor tratamento para quem tem o problema e para se evitarem amputações.

O Pé Diabético é o termo dado às complicações que ocorrem nos pés dos pacientes diabéticos, como ulcerações, infecções e amputações. Estes agravantes constituem uma grave condição médica que merece muita atenção dos próprios pacientes, já que 15% deles desenvolvem úlcera (ferimento) na região e um subgrupo significativo é submetido a amputações.

Segundo a endocrinologista Isabel André Carvalho, a diabetes é a principal causa de amputação não-traumática dos membros inferiores e a duração da doença por um período de tempo acima de 10 anos é mais um fator de risco. “Os indivíduos com diabetes mellitus com mais de 10 anos de duração, e principalmente aqueles que mantém um controle glicêmico inadequado, estão mais predispostos a desenvolver complicações microvasculares como neuropatias sensoriais e autonômicas”, explica.

As neuropatias são um grupo de disfunções no sistema nervoso periférico que podem afetar virtualmente todas as fibras nervosas do corpo, como nervos sensoriais e motores. “A neuropatia sensorial interfere com mecanismos protetores normais e permite ao paciente suportar traumatismos significativos que acometem o pé. E a neuropatia autonômica resulta em anidrose (ausência de suor) e fluxo sanguíneo superficial alterado do pé, o que promove ressecamento da pele e a formação de fissuras”, classifica a endocrinologista.

Estes fatores, somados com uma biomecânica (aspectos físicos das articulações e ossos) anormal do pé, doença arterial periférica, cicatrização precária das feridas e um controle glicêmico feito de forma incorreta fazem com que o pé do paciente diabético seja tão vulnerável a complicações.

E uma vez machucado, o pé de um diabético pode trazer sérias consequências ao paciente, pois a hiperglicemia altera a resposta imunológica e facilita a colonização e crescimento de uma ampla variedade de microorganismos naquele ferimento, podendo ser agravadas de acordo com a condição do paciente, como explica Dra. Isabel. “A associação com a doença arterial periférica (DAP) dificulta a resolução de pequenas soluções de continuidade na pele e reduz o fluxo sanguíneo da lesão, favorecendo a isquemia (ausência de fluxo sanguíneo) e cronificação”, acrescenta. Por isso, o melhor tratamento do Pé Diabético, sem dúvidas, é a prevenção.

Prevenção

O paciente diabético deve ser submetido ao exame sistemático do pé, realizado pelo profissional de saúde que vai orientá-lo sobre os cuidados necessários: inspeção diária dos pés, proteção e higiene diária dos pés a fim de manter a pele limpa e a escolha adequada do calçado, que deve ser comprado a tarde, quando o pé está inchado.

Caso um ferimento ocasional ocorra, o que o paciente deve fazer é consultar o profissional de saúde quando detectar anormalidades dos pés e evitar a auto-medicação. “A auto-medicação pode piorar a lesão retardar o tratamento, aumentando o risco de amputação. As úlceras mais graves podem exigir antibioticoterapia e até o desbridamento (corte da membrana afetada) cirúrgico”, alerta a endocrinologista. Neste momento, a atenção a outros fatores de risco como tabagismo, hipertensão arterial e principalmente o controle glicêmico aprimorado são importantes.

domingo, 22 de agosto de 2010

Vegetarianismo: opção saudável ou radicalismo?


A busca por uma vida mais saudável, um corpo mais bonito e um organismo em melhor funcionamento muitas vezes levam as pessoas a buscar melhores formas de se alimentar. Às vezes, uma razão emocional ou ideológica também pode contar pontos nesta mudança de estilo de vida.


Estas e outras razões são as que acabam levando as pessoas a se tornarem vegetarianas. Os "carnívoros" torcem o nariz para a carne de soja, enquanto os vegetarianos passam bem longe das churrascarias.

Radicalismos à parte, será que ser vegetariano realmente é uma opção mais saudável? Os especialistas garantem que o vegetarianismo pode até ser uma boa opção. Porém, os adeptos deste cardápio mais radical precisam aprender a combinar corretamente os alimentos para obter a proteína e o ferro de que o organismo necessita.

Os nutrientes de origem animal são indispensáveis?

Os defensores do vegetarianismo garantem que a alta ingestão de alimentos ricos em proteínas - como feijão, ervilha, grão-de-bico e soja - já é suficiente para suprir a necessidade do organismo desta substância.

Só é necessário ressaltar que a proteína de origem animal tem alto valor biológico, pois nela encontramos todos os aminoácidos (componentes básicos das proteínas) essenciais ao nosso organismo.

O valor biológico da proteína vegetal, por outro lado, é menor, sendo necessário, assim, combinar várias fontes de proteína vegetal para se obter todos os aminoácidos essenciais e não apresentar doenças decorrentes da carência de proteínas.

Outro componente importante que deve ser lembrado é a vitamina B12, presente apenas nos alimentos de origem animal. Esta vitamina é essencial para o sistema nervoso e deve ser consumida para que o organismo possa suprir suas necessidades naturais.


Buscando nutrientes em outras fontes

Para quem decide ser vegetariano, uma alternativa é incluir no cardápio alguns produtos de origem animal, como o ovo, o leite e seus derivados.

Além disso, os produtos à base de soja podem ser encontrados em grande variedade nas gôndolas dos supermercados. A proteína texturizada de soja (mais conhecida como carne de soja) é um exemplo deste tipo de produto.

Apesar de ter valor biológico menor e não possuir vitamina B12, a proteína de soja tem como vantagem ser rica em fibras, auxiliando o funcionamento intestinal.

Importante: caso você decida mudar seu estilo de alimentação, optando pelo vegetarianismo, é essencial consultar um médico especialista ou nutricionista para saber se é preciso tomar suplementos de alguma vitamina ou qualquer outro nutriente.

Uma alimentação balanceada é a melhor saída

É importante lembrar que nenhum alimento é completo por si só. Assim, uma alimentação equilibrada pode ser conseguida sem radicalismos. É importante consumir cereais e derivados, frutas, legumes e verduras, além de ingerir muita água.

Para quem não abre mão da carne e seus derivados, o ideal é diminuir o consumo, dando espaço a outras fontes de proteínas.

Uma vida mais saudável também engloba bons hábitos - como a atividade física, boas noites de sono e a eliminação de vícios como o cigarro e o álcool. Sem exageros, o organismo agradece, refletindo em saúde e disposição.


Fonte: http://www.jnjbrasil.com.br/noticia_full.asp?in=1&noticia=1433&pos=1

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Stress


O que é Stress?

Trata-se de um "alerta" do organismo que prepara o indivíduo para reagir a uma ameaça externa (ex.: susto, fuga, briga, etc.). Esta ameaça desencadeia alterações neurohormonais , ou seja, o cérebro libera substâncias (hormônios) que irão modificar todo o funcionamento do organismo. Fenômeno da vida moderna, o stress pode estar presente na vida de todas as pessoas, independente de sexo, idade, profissão ou posição social.

A reação do stress deixa de ser normal, quando, em algumas situações, torna-se crônica e passa então a causar uma série de doenças graves, agravar outras existentes e até mesmo levar à morte.

A vida de hoje se constitui em um jogo extremamente competitivo no qual, a busca desumana por dinheiro e prestígio, transforma a todos em rivais potencial. Viver passou a ser uma taref a, muitas vezes, maior que nossas resistências podem suportar.

Vivemos a maior parte do tempo para atender as expectativas do grupo social a que estamos ligados e esquecemos de satisfazer as nossas reais necessidades (afeto, paz, harmonia, etc.). Com isso, passam-se meses e anos e, quando nos damos conta, uma sensação de falta de controle sobre nossas próprias vidas nos assola a mente gerando altos níveis de ansiedade e angústia que acabam por predispor o aparecimento do stress e suas desagradáveis conseqüências.

Diante da impossibilidade de fugirmos das tensões e pressões do dia-a-dia nos vemos impelidos a aumentar nossos conhecimentos sobre o stress e seus mecanismos para que possamos evitá-lo e, com isso, abrirmos a possibilidade de uma vida com mais qualidade e equilíbrio.

O Stress pode ocorrer em qualquer pessoa?

O stress pode acometer qualquer pessoa a qualquer momento de sua existência (infância, fase adulta ou na velhice).

É importante destacar que o mecanismo do stress é individual, ou seja, uma situação que para uma pessoa pode ser corriqueira, pode ser muito desgastante para outra.

Isto acontece pelo fato de que cada ser humano tem um jeito de avaliar e resolver os seus problemas.

As reações físicas

A descarga de vários hormônios pelo cérebro que ocorre na reação de stress visa preparar o indivíduo para enfrentar um determinado problema. Esta descarga gera uma série de alterações físicas no organismo que são: tensão muscular (os músculos se contraem), a pele fica retraída, o coração ameaça a bater rapidamente, a respiração é acelerada, a pupila se dilata, os pêlos ficam eriçados, existe um excesso de suor e, em casos extremos, pode ocorrer uma eliminação involuntária de fezes e urina.

Quando todas essas reações ocorrem em um momento de "alerta" (p. ex.: um assalto), não significa que a pessoa esteja doente, mas sim que ela está tendo uma reação normal do organismo a um fato inesperado ocorrido.

Vale a pena salientar que estas reações não ocorrem somente em situações negativas, elas aparecem também em ocasiões boas como paixão, uma grata surpresa, recebimento de uma boa notícia, etc. O stress causado por uma situação positiva costuma ser menos prejudicial ao organismo.

O Stress possui 3 fases: Alarme, Resistência e Exaustão.

Alarme

Esta fase ocorre no momento exato em que um fato inesperado surge, seja ele de conteúdo positivo ou negativo. Encontramos nesse período as seguintes reações físicas: dor de cabeça, palidez, taquicardia, suor em excesso, pressão alta transitória, dor de estômago, pressão no peito, aperto na mandíbula, etc.

Resistência

Se não tivermos a interrupção dos fatores causadores do stress entramos na fase de resistência. Nesta fase o stress deixa de ser uma reação normal do organismo e passa a ser considerado uma doença que precisa ser tratada. As reações físicas ficam mais intensas. A pressão arterial permanece alta, o coração bate em ritmo mais acelerado o tempo todo.

O organismo como um todo funciona em ritmo acima do normal. Pode-se ter uma falsa sensação de bem estar. Os sintomas desta fase são: irritabilidade, incapacidade de relaxar, isolamento social, impotência, gripes constantes, queda de cabelos, cabelos brancos, etc.

Exaustão

Nesta fase o organismo tem suas energias bastante desgastadas e surge o risco do aparecimento de doenças graves ou de morte repentina. Dentre as doenças mais comuns neste período temos: depressão, infarto cardíaco, derrame cerebral, gastrite, úlcera, câncer, asma, bronquite, edema pulmonar e reumatismo.

Se houver uma mudança no estilo de vida visando eliminar as causas do stress e mudar a maneira de lidar com os problemas, poderá haver uma recuperação (no caso de úlcera, depressão, infarto, etc.). Se isto não ocorrer, as conseqüências podem ser fatais a curto prazo ou médio prazo. Os infartos poderão se repetir até a morte, a úlcera poderá se transformar em câncer ou a depressão poderá ter como conseqüência o suicídio.

Autora: Ana Beatriz Barbosa Silva

sábado, 14 de agosto de 2010

Dormir bem é fundamental . . .


Enquanto dormimos, o organismo libera hormônios essenciais para a manutenção da saúde e da disposição.

Não dê ouvidos aqueles que menosprezam o sono, dizendo que as horas em que desligamos o cérebro e verdadeiramente descansamos são um grande desperdício de tempo. “A quantidade de horas dormidas é importante, mas também é preciso prestar atenção à qualidade do sono.

Existem diversas funções orgânicas - como a liberação de hormônios essenciais - que dependem diretamente dessa qualidade”, alerta Luciano Ribeiro Pinto, médico do Instituto do Sono, ligado à Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP).

Para que o sono seja aproveitado de maneira plena, precisamos colaborar com algumas práticas saudáveis, tais como fazer exercícios físicos, ter momentos de lazer, alimentar-se de forma equilibrada. Com esse suporte, a hora de dormir certamente será revertida em relaxamento e reenergização.

Quem precisa de uma forcinha extra, deve investir em alguns rituais que ajudam a atiçar a sonolência. Roupa confortável, ambiente silencioso, escuro e aconchegante, além de horários regulares para dormir e acordar.

Fonte: Site Nestlé Faz Bem Saber

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Exercício e alimentação: hábitos saudáveis devem ser introduzidos na infância


Toda criança tem de aprender a ter hábitos saudáveis. E esse aprendizado passa pelos pais e pelo ambiente familiar.

Uma boa alimentação e hábitos saudáveis, como fazer exercícios, são imprescindíveis para um bom crescimento, um desenvolvimento correto e podem impactar significativamente na saúde e prevenir contra o desenvolvimento da obesidade em longo prazo. Além disso, os exercícios contribuem para um melhor nível de bem-estar e melhoram o rendimento escolar dessas crianças.

Exercícios o suficiente

“Crianças que se engajam em atividades físicas na 1ª infância – entre 1 e 6 anos – desenvolvem consideravelmente seu nível de motricidade”, aponta Alessandra Nabeiro, docente na área de Educação Física da Universidade de São Caetano do Sul (USCS), em São Paulo. Alessandra lembra que nessa idade as atividades físicas ideais são aquelas com fundo lúdico, sem regras muito definidas, onde não existe nível de competição nem são cobradas as chamadas “especialidades” (técnicas específicas de um jogo ou esporte).

Os benefícios desse tipo de hábito de exercícios – conjunto com uma alimentação mais saudável – contribuem para que eles se concentrem mais e consequentemente tenham menos problemas acadêmicos. Além disso, as crianças se sentirão melhor com seus corpos e desenvolverão habilidades motoras.

Os níveis de estresse também caem e a regulação das emoções se torna mais fácil em crianças que fazem atividades físicas. A autoestima aumenta, a ansiedade diminui e os sintomas de depressão dificilmente se instalam. Esses benefícios se tornam uma herança para a vida adulta desses indivíduos.

do Uol “Apesar de não termos dados exatos sobre essa questão, notamos que muitos pais e professores relatam os benefícios sociais do engajamento em uma rotina de atividades físicas. Essas crianças se relacionam de forma mais fácil e mostram diminuição na ansiedade. Consequentemente, têm menos problemas escolares”, aponta Alessandra que também coordena a Escola de Ginástica para Crianças, projeto ligado à USCS.

Poucas crianças fazem atividades físicas

Apenas 30% das crianças americanas entre 6 e 17 anos fazem 20 minutos de atividade física diária, diz uma pesquisa feita pela Associação Americana de Pediatras (AAP) na sigla em inglês). Uma porcentagem ainda menor chega ao ideal, ou seja, 1 hora de atividades físicas por dia de acordo com as orientações da própria AAP.

No Brasil não há dados consolidados sobre a questão, mas uma pesquisa do IBGE feita em 2009 mostrou que a obesidade infantil aumentou em 35% nos últimos 30 anos. Entre as causas possíveis para esse salto está o aumento do sedentarismo entre a população brasileira (por volta de 70% é considerada sedentária).

Benefícios para o organismo

Comendo melhor e com mais variedade, o crescimento dessas crianças é seguramente melhor e o organismo se torna mais forte contra doenças. Uma rotina de exercícios físicos ajuda a construir músculos e ossos mais fortes, além de limitar o acúmulo de gordura no corpo. Os exercícios combinados com uma alimentação saudável também previnem contra transtornos alimentares e condições que possam se desenvolver na idade adulta como doenças do coração, diabete, pressão alta e mesmo câncer.


Pais são modelos de comportamento


O problema observado por Alessandra, entretanto, é que os pais – que são o modelo de comportamento seguido pelas crianças – nem sempre têm hábitos alimentares saudáveis. Isso se deve a vários fatores, entre eles o tempo disponível para as atividades familiares.

“Os pais, no curto espaço de tempo que têm para conviver com os filhos, podem acabar optando por não variar os alimentos consumidos e mesmo escolher alimentos industrializados, pela praticidade. Esses alimentos – entre eles os salgadinhos e os doces ou bolachas – são grandes fontes de sódio e de gorduras diversas. Mesmo aqueles que alardeiam serem livres de ‘gordura trans’ têm grandes quantidades de outros tipos de gorduras”, diz a especialista que já acompanhou crianças com problemas de pressão alta (devido ao consumo excessivo de sódio, ou seja, sal) e com índices de colesterol “ruim” (o LDL) bastante altos para a idade.

A falta de tempo, entretanto, não deve desmotivar os pais na hora de desenvolver novas maneiras de introduzir uma alimentação mais equilibrada em casa. Mesmo não abrindo mão da praticidade é possível melhorar o modo como se come em família.

Por tudo isso é sempre bom lembrar que a rotina saudável das crianças depende do modo como os pais tratam essa questão. É bom ter em mente que:

:: Comportamento dos pais é imitado pelas crianças

As crianças, de forma instintiva, imitam os hábitos dos pais. Se os pais se mostram desmotivados para fazer exercícios físicos e não indicam a necessidade de se alimentar de forma correta, os filhos muito provavelmente seguirão o mesmo tipo de padrão de comportamento. Esses hábitos ruins podem ser levados para toda a vida, atravessando várias gerações.

:: Responsabilidade pela manutenção ou introdução de hábitos alimentares

Dentro de casa, as compras são feitas pelos adultos. Então se não há a introdução de novos tipos de alimentos (frutas, verduras e alimentos integrais, por exemplo) as crianças dificilmente se interessarão por esses alimentos quanto estiverem fora de casa (na escola, por exemplo).

:: Gosto é questão de família

Simplesmente introduzir um novo alimento, mas demonstrar que não gosta daquele tipo de comida, pode desmotivar os filhos a provar novos sabores. Esse tipo de problema pode se desdobrar em outros, levando até mesmo a problemas de crescimento e desenvolvimento.
::Refeições em família ajudam a mudar os hábitos

Fazer refeições em família, ao redor da mesa, evitando distrações como a televisão, pode ser uma boa maneira de reeducar os filhos para novos hábitos alimentares.

:: Brincar também é exercício

Uma rotina de atividades físicas não precisa ser apenas baseada em praticar esportes ou competir com os filhos. Atividades lúdicas (como jogar freesbee, patinar, empinar pipa, brincar de pega-pega ou ir ao clube nadar de forma descompromissada) também são ótimas maneiras de introduzir o hábito entre os filhos. Mais importante do que os exercícios feitos é a constância dessas atividades. Ir ao parque ou a um clube alguns dias por semana é o ideal.

domingo, 8 de agosto de 2010

Iniciação da criança no esporte

A prática regular de atividades físicas é uma necessidade para as crianças e uma fonte de incertezas para os pais. A vida nos grandes centros urbanos impõe enormes restrições à atividade física espontânea das crianças. Essas restrições acabam por induzir a hábitos extremamente sedentários. Tal tendência é alimentada pela verdadeira sedução das maravilhas oferecidas pelos video-games e computadores. Assim, torna-se eminente o risco de graves consequências para a saúde física e mental. Como interferir neste quadro?

A providência que sem dúvida revelará a preocupação e sobretudo o bom senso por parte dos pais será sempre o de estimular a criança para a prática de atividade física.


Devemos oferecer condições para a criança manifestar sua tendência natural e espontânea de liberar sua vontade de correr, pular, chutar, etc. Infelizmente, nas grandes cidades são cada vez mais raros os grandes quintais, os "campinhos" de futebol e os terrenos baldios de antigamente. Quantos de nós, pais, não temos lembranças inesquecíveis de uma infância de intensa atividade proporcionada pelo espaço físico adequado? Esse fato leva à necessidade da interferência dos pais para propiciar o espaço físico e o ambiente social adequados à prática da atividade física.

A interferência dos pais deverá ser a de proporcionar alternativas para substituir o que a cidade grande não oferece mais. Os centros esportivos, as praças, os parques, as escolas de esporte e outros locais adequados, devem sempre estar ao alcance das crianças. No entanto, tal interferência nunca poderá ser uma imposição, uma vez que o aspecto mais importante a ser respeitado para que o hábito seja adquirido é a vontade da criança. Com certeza sempre haverá uma proposta que será bem recebida. A preferência da criança deve ser respeitada. Se por alguma razão, por exemplo, ela não gosta de nadar, apesar de todos os benefícios da natação, devemos oferecer outras alternativas.

É oportuno também destacar os problemas eventualmente decorrentes da iniciação precoce em atividades competitivas. Não há na verdade contra-indicação para a prática esportiva de natureza competitiva para a criança mesmo em fase mais precoce. Os problemas aparecem quando programas de treinamento com exagero de sobrecarga são impostos com objetivos de melhora de desempenho em prejuízo da saúde.

Deve também ser preservado o aspecto psicológico, evitando-se a transferência para a criança de uma carga de responsabilidade quanto à obtenção de resultados. Nada pior do que o chamado "paitrocínio" levado às últimas consequências.

Assim como o adulto, a criança deve fazer esporte com prazer, desenvolvendo sua coordenação motora, sua saúde física e mental, e sua melhorando sua integração social.


Autor: Prof. Dr. Turibio Leite de Barros Neto

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

O que fazer para poupar o envelhecimento cerebral?


Você quer manter seu cérebro funcionando direitinho mesmo com o passar dos anos?

Pois é, não só você, mas a maioria das pessoas tem a mesmo desejo. Um novo estudo confirma que essa inquietação tem motivos: 53% das pessoas têm um leve declínio nas funções mentais aos 70 ou 80 anos, e aproximadamente 16% têm problemas mais sérios com a memória e outras funções cerebrais com o envelhecimento.

A boa noticia é que você não precisa fazer parte das estatísticas. Uma pesquisa realizada na Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, mostrou que uma em cada três pessoas que participaram da pesquisa não teve nenhum problema de memória quando passaram dos 70 anos. O estudo acompanhou 2509 homens e mulheres durante mais de oito anos. Todos os participantes tinham ao menos 70 anos no início dos estudos.

Analisando mais de perto esse grupo de pessoas, os pesquisadores perceberam que há muito que se pode fazer para melhorar a memória. De acordo com a pesquisa, o segredo é exercitar-se e manter atividades mentais e uma vida social agitada também ajudam.

Confira algumas das maneiras de manter seu cérebro jovem por mais tempo:

1 - Continue estudando: pessoas que se formaram no ensino médio tiveram de duas a três vezes mais chance de ficar no grupo dos que mantiveram as funções mentais intactas. As que tinham nível básico escolar tinham de quatro a cinco vezes mais chance de integrar o grupo.

2 - Pare de fumar: não-fumantes figuraram mais no grupo de pessoas sem nenhum declínio mental.

3 - Faça exercícios: pessoas que mantêm atividades físicas pelo menos uma vez por semana tiveram maiores chances de manter a memória.

4 - Se mantenha socialmente ativo: as pessoas que viviam com alguém ou faziam trabalhos voluntários tinham uma chance maior de ficar no grupo dos que mantiveram a memória intacta.

Claro que, além disso, existem outros fatores incontroláveis. O estudo mostrou que negros tiveram maior perda das funções cognitivas com a idade, assim como pessoas com hipertensão, diabetes ou um gene chamado apolipoproteína E, carregado por aproximadamente 25% da população mundial.

Porém, mesmo que você não tenha terminado os estudos ou algum outro fator que você não possa mudar, você ainda pode desafiar seu cérebro, de acordo com Alexandra Fiocco, que participou da pesquisa. Ela afirma que o jeito mais fácil de fazer isso é participando de atividades sociais, como trabalhos voluntários: "O isolamento é muito perigoso", diz Fiocco.

Michelle Carlson, diretora do Centro de Envelhecimento e Saúde de Baltimore (EUA), concorda com as descobertas quanto à atividade social e física. Seu grupo de estudos está realizando uma pesquisa em que homens e mulheres mais velhos fazem trabalhos voluntários ensinando técnicas de leitura para crianças eadolescentes. Fazendo imagens cerebrais dos voluntários, Carlson e sua equipe demonstraram que as pessoas tiveram grandes melhoras em seus cérebros, assim como aconteceu como um grupo que fez exercícios físicos - e nem precisa ser muito.

Os benefícios dos exercícios físicos foram vistos em pessoas que andaram um total de 90 minutos por semana (menos de 20 minutos por dia).

Kirk Erickson, da Universidade de Pittsburgh (EUA), afirma que nunca é tarde demais para começar a se exercitar. "Mesmo quem passou a vida inteira sendo sedentário pode se beneficiar dos exercícios", diz. Erickson afirma que caminhar três vezes por semana por meia hora é suficiente para aumentar as funções cognitivas do cérebro e reverter os efeitos do tempo.

Outra coisa importante para manter seu cérebro saudável é ser intelectualmente curioso, de acordo com o pesquisador, que deixa a dica: "Não tenha medo de aprender novas coisas, vá atrás do que você acha interessante e tente procurar novos caminhos para sua mente trabalhar".

Fonte: HypeScience.com

Site: http://www.portaldafisioterapia.com/?pg=neurociencias&id=1174

domingo, 1 de agosto de 2010

Atividade física e Resposta Imunológica

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Quem faz atividade física adquire maior imunidade contra doenças?

Se essa resposta já fosse totalmente afirmativa, com certeza haveria, desde já, um enorme investimento em pesquisas no sentido de esclarecer os mecanismos através dos quais o organismo se tornaria capaz de aumentar suas defesas à custa do melhor nível de aptidão física.
O estado atual do conhecimento científico nessa área infelizmente ainda não permite que se possa afirmar que o sistema imunológico é potencializado pelo condicionamento físico. Existem, entretanto, algumas evidências bastante animadoras, fruto de recentes pesquisas desenvolvidas na área.

O que nós sabemos, e o que a ciência já confirma, é uma enorme influência da prática de exercícios físicos na condição geral de saúde
e na qualidade de vida. Esses benefícios constituem-se no resultado das adaptações dos sistemas respiratório, cardiovascular, endócrino, digestivo, e do próprio músculo esquelético, decorrentes de hábitos de vida que incorporam a atividade física regular. Essas adaptações previnem doenças?
Com certeza sim. À medida que o nosso organismo melhora sua capacidade funcional, nós adquirimos maior reserva energética, passamos a tolerar melhor o desgaste físico díario e diminuimos o "stress" causado pela influência dos diversos agentes do meio em que vivemos.

Esse é um mecanismo capaz de prevenir grande parte das doenças mais comuns nos grandes centros urbanos, como a esclerose das artérias, o aumento do colesterol, a hipertensão, a ansiedade, etc.
Seria, entretanto uma das grandes descobertas desse final de século, a comprovação de uma influência positiva e totalmente esclarecida do exercício físico no sistema imunológico. Será que o exercício físico poderá ser visto como uma "vacina" contra o câncer e outras doenças que dependem essencialmente da nossa resposta imunológica? Nos Estados Unidos, a imprensa publicou recentemente um artigo no qual se discute criticamente o resultado prático em termos de redução de mortalidade do enorme investimento aplicado nos últimos 30 anos em pesquisas no combate ao câncer.

A triste conclusão é que se hoje existe uma pequena redução nos índices de mortalidade pelo câncer, isso se deve ao grande desenvolvimento da Medicina nos meios de diagnóstico precoce da doença. A tendência dos financiamentos de pesquisa será a partir de agora a da valorização cada vez maior dos métodos de prevenção. Nesse sentido, as pesquisas que relacionam exercício e imunologia serão bastante favorecidas. Vamos esperar, portanto, a divulgação de resultados cada vez mais animadores a partir de agora!

Autor: Prof. Dr. Turibio Leite de Barros Neto

Fonte: http://www.corpoperfeito.com.br/Artigo/VisualizacaoArtigo.aspx?IdArtigo=140