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quinta-feira, 28 de abril de 2011

Aneurisma Cerebral




Aneurisma cerebral, ou aneurisma sacular, é uma dilatação que se forma na parede enfraquecida de uma artéria do cérebro. A pressão normal do sangue dentro da artéria força essa região menos resistente e dá origem a uma espécie de bexiga que pode ir crescendo lenta e progressivamente. Os maiores riscos desse afrouxamento do tecido vascular são ruptura da artéria e hemorragia ou compressão de outras áreas do cérebro.




São raros os aneurismas congênitos, mas a pessoa pode nascer com tendência à fragilidade dos vasos e à formação de aneurismas.




Em geral, os episódios de ruptura e sangramento ocorrem a partir da 5ª década de vida, afetam mais as mulheres e tornam-se mais comuns à medida que a pessoa envelhece.


Aneurisma cerebral é uma doença grave. Apenas 2/3 dos pacientes sobrevivem, mas cerca da metade permanece com seqüelas importantes que comprometem a qualidade de vida.

Causas:




* Predisposição familiar (15% dos portadores de aneurisma pertencem a uma família em que a incidência da enfermidade é maior);



* Hipertensão arterial (pressão alta facilita o desenvolvimento e a ruptura dos aneurismas);



* Dislipidemia (aumento dos níveis de colesterol e triglicérides);



* Diabetes;



* Cigarro;



* Álcool.

Sintomas:
Aneurismas pequenos costumam ser assintomáticos. Quando crescem, podem comprimir uma estrutura cerebral e provocar sintomas que variam conforme a área do cérebro afetada.



A manifestação mais evidente dos aneurismas é a ruptura seguida de hemorragia. A intensidade dos sintomas está diretamente relacionada com o tamanho e a extensão do sangramento. Os mais comuns são dor de cabeça súbita, náuseas, vômitos, perda da consciência. Sangramentos abundantes podem ser fatais.

Diagnóstico:
A angio-ressonância magnética é um exame fundamental para o diagnóstico dos aneurismas. O ideal seria que fossem detectados precocemente, antes de sangrarem, mas isso raramente acontece, porque essa avaliação não está incluída na rotina dos check-up.

Tratamento:
Diagnosticado o aneurisma, a indicação cirúrgica precisa levar em conta seu tamanho e as condições clínicas do paciente, uma vez que o risco da cirurgia deve ser menor do que o oferecido pela história natural da evolução da doença.



Caso se opte pela cirurgia, o objetivo é fechar o aneurisma para excluí-lo, preservando a artéria que o nutre, porque todas as áreas do cérebro são nobres e morrem se deixarem de ser irrigadas.



O procedimento pode ser realizado a céu aberto (por uma janelinha aberta no crânio, a porção mais estreita do aneurisma é fechada por um clipe metálico) ou por via endovascular, introduzindo molas delicadas através de um cateter, que se enrolam no interior do aneurisma e formam um coágulo que impede o sangramento.



Pessoa que não deve, não pode ou não quer ser operada, precisa manter controle rigoroso da pressão arterial, não fumar e evitar esforços físicos.



No tratamento dos aneurismas cerebrais a embolização por via endovascular é hoje uma importante forma terapêutica. Em geral as equipes atuam de forma multidisciplinar na decisão de qual metodologia, ou seja, microcirurgia ou embolização, será a melhor e mais confortavel abordagem para cada tipo de aneurisma e cada condição física do paciente. A opinião do paciente também é importante na decisão da metodologia a ser adotada.

Recomendações:



* Mantenha em níveis adequados a pressão arterial;



* Exerça controle efetivo sobre as taxas de colesterol e triglicérides;



* Não fume;



* Esteja atento: dor forte de cabeça, que surge repentinamente, como se você tivesse levado uma pancada, seguida de enjôos e vômitos, indica a necessidade urgente de atendimento médico-hospitalar;



* Informe seu médico sobre a ocorrência de casos de aneurisma em sua família. Isso ajuda a evitar surpresas desagradáveis.




Fonte: Site Oficial do Dr. Dráuzio Varella http://www.drauziovarella.com.br/

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