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quarta-feira, 31 de março de 2010

Osteoporose e Osteopenia


Nos estágios iniciais da osteoporose, a perda de massa óssea é assintomática. Quando a perda óssea é mais significativa e já acarreta alterações clínicas, observa-se uma diminuição da estatura e aumento da cifose dorsal, devido a deformidades por compressão, acunhamento anterior do corpo vertebral ou fratura das vértebras. Como consequência de quedas, macro traumas ou mesmo traumas de baixo impacto, podem ocorrer também fraturas dos ossos longos (fêmur e rádio).

Deve-se diferenciar adequadamente os termos Osteoporose e Osteopenia .

Por Osteoporose, considera-se uma perda de massa óssea acima de 2,5 desvios padrões de uma curva de normalidade, medida em estudo populacional aberto, através da Densitometria Óssea. Este estado implica em alto risco de fratura, devendo ser mensurado a partir da instalação da menopausa ou, quando existirem outros fatores que o justifiquem.

O termo Osteopenia, é usado se referindo a qualquer condição que envolva uma redução fisiológica (em relação à idade ) da quantidade total de osso mineralizado. A Osteopenia é considerada como se situando em zero e até menos de 2,5 desvios padrões, medidos através da Densitometria Óssea.

A Osteoporose é doença; a Osteopenia, quase sempre não. Ambas as condições podem ser diagnosticadas precocemente e, evitadas ou atenuadas, através de programas de prevenção.

Procure seu médico para realização de um diagnóstico precoce.


Autor: João Francisco Marques Neto - Reumatologista
Prof. Titular de Reumatologia da FCM/UNICAMP
Consultor do Ministério da Saúde
Presidente-eleito da Sociedade Brasileira de Osteoporose (SOBRAO)


terça-feira, 23 de março de 2010

segunda-feira, 22 de março de 2010

Fibromialgia


O termo fibromialgia refere-se a uma condição dolorosa generalizada e crônica. É considerada uma síndrome porque engloba uma série de manifestações clínicas como dor, fadiga, indisposição, distúrbios do sono . No passado, pessoas que apresentavam dor generalizada e uma série de queixas mal definidas não eram levadas muito a sério. Por vezes problemas emocionais eram considerados como fator determinante desse quadro ou então um diagnóstico nebuloso de “fibrosite” era estabelecido. Isso porque acreditava-se que houvesse o envolvimento de um processo inflamatório muscular, daí a terminação “ite”.

Atualmente sabe-se que a fibromialgia é uma forma de reumatismo associada à da sensibilidade do indivíduo frente a um estímulo doloroso. O termo reumatismo pode ser justificado pelo fato de a fibromialgia envolver músculos, tendões e ligamentos. O que não quer dizer que acarrete deformidade física ou outros tipos de seqüela. No entanto a fibromialgia pode prejudicar a qualidade de vida e o desempenho profissional, motivos que plenamente justificam que o paciente seja levado a sério em suas queixas. Como não existem exames complementares que por si só confirmem o diagnóstico, a experiência clínica do profissional que avalia o paciente com fibromialgia é fundamental para o sucesso do tratamento.

A partir da década de 80 pesquisadores do mundo inteiro têm se interessado pela fibromialgia. Vários estudos foram publicados, inclusive critérios que auxiliam no diagnóstico dessa síndrome, diferenciando-a de outras condições que acarretem dor muscular ou óssea. Esses critérios valorizam a questão da dor generalizada por um período maior que três meses e a presença de pontos dolorosos padronizados.

Diferentes fatores, isolados ou combinados, podem favorecer as manifestações da fibromialgia, dentre eles doenças graves, traumas emocionais ou físicos e mudanças hormonais. Assim sendo, uma infecção, um episódio de gripe ou um acidente de carro, podem estimular o aparecimento dessa síndrome. Por outro lado, os sintomas de fibromialgia podem provocar alterações no humor e diminuição da atividade física, o que agrava a condição de dor.

Pesquisas têm também procurado o papel de certos hormônios ou produtos químicos orgânicos que possam influenciar na manifestação da dor, no sono e no humor. Muito se tem estudado sobre o envolvimento na fibromialgia de hormônios e de substâncias que participam da transmissão da dor. Essas pesquisas podem resultar em um melhor entendimento dessa síndrome e portanto proporcionar um tratamento mais efetivo e até mesmo a sua prevenção.


Para mais informações acesse: http://www.fibromialgia.com.br/

quinta-feira, 18 de março de 2010

Cooperar ou Competir ?


Alguns Educadores dizem: - O mundo é competitivo temos que preparar nossos alunos para o mundo!

Já outros dizem: - As empresas estão contratando pessoas que sabem cooperar, temos que preparar nosso aluno para o mercado de trabalho! Fábio Brotto diz: "Se o importante é competir, o fundamental é cooperar".

Concordamos com Brotto e acreditamos ser importante aprender a competir, porque em várias situações na vida teremos que lidar com a competição, como em um vestibular, uma seleção de emprego, um concurso, entre outras diversas situações nas quais nos propomos a vencer. Concordamos, também, que cooperar é fundamental para a vida! Vivemos em sociedade, estamos interligados, precisamos uns dos outros para viver bem e sermos felizes.De fato achamos que o mundo é mais competitivo, talvez porque fomos educados num sistema que no impulsiona a competir. Mas e se fôssemos educados num sistema mais cooperativo, como seria o mundo?

Muita gente nem sabe ao certo o que de fato significa cooperar. A grande maioria das pessoas, quando perguntamos o que é cooperação, responde que é ajudar o outro. Cooperar não é ajudar, éalgo bem diferente: é fazer junto, operar junto. Fazer junto é achar um ritmo comum, é unir forças para alcançar um mesmo objetivo.

O que realmente importa é buscar o equilíbrio entre os dois caminhos, saber que cooperar ou competir são escolhas. A cada ocasião podemos escolher o que for melhor. O fundamental é ser ético, respeitar tudo e todos nas suas escolhas, seja na hora de competir ou cooperar. Pensamos que cooperar talvez seja um princípio que antecede a competição, pois até mesmo nos jogos competitivos, se uma equipe não coopera entre si, dificilmente chegará à tão sonhada vitória.

Por isso acreditamos que devemos primeiro aprender a cooperar, primeiro enxergar os outros como parceiros, para depois aprender a competir e, aí sim, olhar o outro como adversário, sem perder orespeito e a camaradagem. Coopere, compita e se divirta! Mas acima de tudo respeite, compartilhe e escolha sempre o melhor para todos! O bem comum é o bem de todos!


Autora: Daniella Tonioli

domingo, 14 de março de 2010

Qual o melhor horário para malhar ?


Na hora de escolher o período do dia para fazer exercícios considere sua rotina de trabalho e estudo, suas preferências e seu relógio biológico. Manhã, tarde ou noite? Qual o melhor horário para praticar exercícios? Segundo o cardiologista José Kawazoe Lazzoli*, até o momento não existem comprovações científicas que mostrem que um período do dia seja melhor do que outro quando o assunto é atividade física."

Houve uma época em que se divulgou que, como o maior número de enfartos ocorria entre as 6 e 9 da manhã, este horário seria desaconselhável para malhar. Mas, na realidade, não existe um aumento na incidência de enfartos relacionados a exercícios físicos, portanto a hora é irrelevante ", explica ele.

O médico acredita que o mais importante - e que deve ser levado em consideração - no momento de escolher um espaço na agenda para ir a uma academia de ginástica, caminhar na rua ou correr no parque seja a rotina de trabalho e estudo e, claro, o gosto pessoal. Afinal, cada pessoa conhece seu relógio biológico como ninguém.

Há quem consiga acordar cedo e ainda ter disposição para levantar peso ou fazer exercícios aeróbios. Outros preferem reservar um tempinho pouco antes do almoço, à tarde (ótimo para quem tem flexibilidade de horário) ou à noite. Quem gosta de agito, costuma optar pela manhã ou noite, aproveitando assim para fazer um programa social, conversar com amigos e conhecer pessoas.

Essa escolha depende do ritmo individual, por isso é importante prestar atenção na maneira que seu corpo reage. Antes de decidir-se por um período do dia, pense nos seus compromissos e disponibilidade e experimente diversos horários, até encontrar o que mais tem a ver com o seu dia-a-dia.

"Para algumas pessoas, fazer exercícios à noite pode tirar o sono , especialmente quando a atividade física é intensa", diz Lazzoli. Correr longas distâncias e fazer aula de spinning, por exemplo, aumentam consideravelmente os níveis de adrenalina no sangue, deixando a pessoa desperta por muitas horas e sem conseguir dormir.

Mesmo que o objetivo seja perder peso, o horário não interfere. "O que realmente conta é fazer um contínuo trabalho aeróbio (correr, caminhar, andar de bicicleta, nadar, remar) aliado a exercícios com peso (musculação, flexões de braços, pilates), que aumentam massa muscular e o metabolismo basal, fazendo com que o corpo continue a gastar energia mesmo depois de finalizado o exercício", diz o cardiologista. Além disso, Lazzoli cita a importância de se alimentar antes do exercício físico.

"Fazer uma atividade física com o estômago vazio pode causar hipoglicemia. Além disso, como o corpo não tem combustível adequado , mesmo que a pessoa não passe mal, seu rendimento não será o mesmo", garante ele.

Com estas informações em mãos, basta deixar a preguiça de lado e reservar um tempinho para dedicar à sua saúde e bem-estar. Vale o esforço!*


Autor: José Kawazoe Lazzoli, cardiologista, especialista em medicina do esporte. Presidente eleito da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.

Fonte: Site Nestlé Faz Bem - http://www.nestle.com.br/site/materias/saude

quarta-feira, 10 de março de 2010

Reeducação Postural Global - RPG


A Reeducação Postural Global, ou RPG, é um método de fisioterapia que trata das desarmonias do corpo humano levando em consideração as necessidades individuais de cada paciente. É uma técnica revolucionária que considera os sistemas muscular, sensitivo e esquelético como um todo e procura tratar, de forma individualizada, os músculos que se diferenciam na estrutura.

Desenvolvida na França no início da década de 80, pelo terapeuta Philippe Emmanuel Souchard, a RPG ameniza desde dores cervicais e lombares até problemas respiratórios, desvios e alterações na formação e na arquitetura do corpo.

A RPG proporciona um tratamento individual, ativo e progressivo, encarando cada caso (sejam dores na coluna, nos joelhos, hérnias de disco ou quaisquer outros) como possível decorrência da postura global, partindo da constatação de que traumatismos, torções e até problemas emocionais acabem sendo compensados pelo corpo, refletindo-se em más posturas cotidianas.

Esse tratamento parte de uma avaliação individual, sistemática e criteriosa, relacionando a história do indivíduo, sua alteração postural e sua função muscular, tentando estabelecer causas e conseqüências das dores ou sintomas. O tratamento é totalmente livre de medicamentos e realizado com trabalhos respiratórios, posturais e alongamentos. As sessões individuais duram cerca de uma hora e são semanais. Inicialmente, são realizadas dez sessões; depois é feita uma reavaliação do paciente, com o intuito de definir se existe a necessidade de continuar o tratamento. Atenção, o RPG é realizado exclusivamente por fisioterapeutas.

O método não visa atender apenas indivíduos que estejam sentindo dor, mas também aqueles que desejam encontrar um melhor equilíbrio e harmonia corporal como forma de prevenção.

As indicações mais freqüentes são:

- Alterações posturais comuns, como hipercifose (dorso curvo) que pode gerar dor nos ombros e pescoço por sobrecarga; hiperlordose (aumento da curvatura lombar) que pode produzir dor lombar ou nos joelhos; escoliose (desvio da coluna) que além de produzir alteração estética pode levar a tensionamentos musculares e dor;
- Prevenção e tratamento de condições patológicas como hérnias de disco, osteófitos (bico de papagaio), cervicalgia, dorsalgia, lombalgia, dores articulares e reumáticas;

- Indivíduos que praticam atividade física regularmente, evitando atitudes viciosas e melhorando a estabilização articular, o que previne lesões e dor pós-atividade;
- Prevenção de lesões no esporte através da melhora da função muscular;
- Indivíduos que não apresentam sintomas, mas apresentam encurtamentos musculares importantes.

Para quem sofre com as conseqüências que a má postura causa, eis uma excelente dica. Para os que só prezam o bem estar e preferem prevenir a remediar, a RPG também pode ser uma ótima pedida.


Autora: Drª. Thayane Maronjo Francisco - Fisioterapeuta


quarta-feira, 3 de março de 2010

Exercício físico, saúde e doenças: uma nova área de atuação do Profissional de Educação Física



Muito antes da resolução CNS n°218 reconhecer os Profissionais de Educação Física como profissionais de saúde, em março de 1997, o exercício físico há muito tempo tem sido relacionado com parâmetros de ligados à saúde. Atualmente, é bem estabelecido que a prática de exercício regular, independente do índice de massa corporal (IMC), oferece proteção contra grande parte das causas de mortalidade, primeiramente diminuindo a incidência de doenças como; arterosclerose, Diabete Melito tipo II, e cânceres de colon e de mama (Blair et al., 2001).

Além disso, é crescente o numero de estudos que demonstram que indivíduos com melhores níveis de aptidão física (por exemplo, valores elevados de potência aeróbia apresentam menor freqüência na taxa de mortalidade, quando comparada a indivíduos sedentários). Além disso, em indivíduos previamente sedentários, mudanças no nível de aptidão física decorrente de programas de treinamento físico também têm demonstrado redução na taxa mortalidade (Pedersen e Fisher, 2007; Blair et al., 2001).

O estilo de vida sedentário é responsável por 54% do risco de morte por infarto e 50% do risco de morte por derrame cerebral, as principais causas de morte nos dias de hoje (aproximadamente 300 mil pessoas morrem por ano no país por doenças decorrentes do sedentarismo). Dados da IHRSA (The Internacional Health, Racquet and Sportsclub Association) revelam que, enquanto quase 10% da população americana praticam atividades físicas, no Brasil, apenas 1,2% da população adota esse hábito.

O exercício aeróbio provoca uma ampla variedade de respostas biológicas que justificam a redução de eventos clínicos relacionados às doenças cardiovasculares, quando aplicado de maneira sistemática e organizada (Treinamento). Além disso, a atividade física também está inversamente relacionada com a diminuição de doenças ligadas ao metabolismo, como Diabetes Melito, obesidade e vários tipos de cânceres. Também possui um impacto benéfico no que diz respeito ao envelhecimento, registrando uma menor incidência de hipertensão em idosos que participam de um programa de atividade física aeróbia, com diminuição na pressão arterial sistêmica. O exercício físico pode melhorar a força e a resistência muscular, a potência aeróbia, a flexibilidade e o equilíbrio em pessoas idosas, principalmente melhorando a capacidade funcional e tornando-os mais independentes nas tarefas do dia a dia.

Pacientes envolvidos em programas de Treinamento Físico, especialmente com desordem crônica, relatam menor ansiedade, depressão e melhor sensação de bem-estar, quando comparado aos indivíduos sedentários. Além disso, atualmente, programas de treinamento físico são utilizados como terapêutica não farmacológica nos quadros patológicos supracitados, sendo ainda que, em alguns casos, tem sido estabelecido como parte da intervenção terapêutica, como demonstrado nas Diretrizes para o Diagnóstico e Tratamento da Insuficiência Cardíaca (Guimarães et al., 2002). Nestes casos, além de ter-se adicionado o treinamento físico como importante item dentre de programas de reabilitação, estabeleceu-se critérios (divididos em classes e grau de recomendação) com orientações CABE (Cardiologia Baseada em Evidências) para a utilização do Treinamento Físico dentro desses programas.

Desta forma, considerando o papel do exercício e/ou Treinamento Físico tanto na prevenção como sendo integrante não-farmacológico em programas de reabilitação, nasce uma nova função para a atuação do Profissional de Educação Física na área de saúde, em especial a Educação Física. Tal profissional deverá ser capaz de elaborar e prescrever programas de exercício físico para indivíduos portadores de doenças crônico – degenerativas e populações especiais, que deve corroborar a terapêutica proposta por equipes de multiprofissionais na área de saúde. Assim, que tem interesse na área deve se aprofundar e procurar curso de especialização que direcionem para essa função específica.


Autor: Miguel L. Batista Júnior
Site: http://www.educacaofisica.com.br/colunas_mostra_artigo.asp?id=432