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domingo, 30 de janeiro de 2011

Doenças de Verão


Especialistas indicam cuidados para evitar doenças de verão.


Otite, micose e brotoeja são algumas das doenças recorrentes nesta época do ano. Médicos especialistas dão orientações para que elas não estraguem as férias de toda a família.


Difícil no verão é ficar em casa. Quem resiste à piscina ou à praia no calor? Depois de tanto nadar, Juliana foi parar no médico. Está com otite mais uma vez. “Começa aquela dor de ouvido, e de repente parece que é uma dor muito forte”, diz Cristiane Conde, mãe de Juliana.


Como agir na hora da dor? “No máximo colocar uma compressa morna, um saco de água quente na orelha que está doendo, um paninho passado com ferro quente. Não é bom pingar nada no ouvido. Em 15, 20 minutos já terá aliviado o desconforto. No dia seguinte ela deve procurar um profissional capacitado”, explica Laiza Dias Peres, otorrinolaringologista.


Na hora da limpeza, hastes flexíveis não devem ser introduzidas no ouvido. Nem de crianças, nem de adultos. “Essa limpeza deve ser feita com uma toalhinha ou uma gaze, com tecido bem macio, somente na região externa com o dedo, de preferência com o mindinho, só até onde o dedo consegue ir”, alerta a médica


Nessa época do ano, as doenças de pele também são comuns. Segundo os médicos, a mais frequente é a micose, que são manchinhas brancas causadas por um fungo que adora umidade e temperaturas altas. “É muito importante nesta época do ano usar roupas frescas, leves, de preferência de algodão. Sapatos mais abertos e arejados, caso use um sapato fechado não use o mesmo diariamente”, orienta Daniela Nunes, dermatologista.


“Por mais que a gente tome as nossas precauções de não ficar com roupa abafada, sempre aparecem brotoejas, eu não sei como evitar”, diz Renata Vasconcelos, mãe de Sarah.


“A brotoeja se dá geralmente por excesso de suor, o suor acaba cristalizando na pele, obstruindo os poros. A drenagem do suor fica comprometida e daí ocorre uma irritação na pele, a glândula fica obstruída parcialmente”, diz Antônio Carlos Turnes, pediatra.


Quando isso acontece, o médico recomenda: “Mantenha a região limpa. Use sempre a espuma e não esfregue o sabonete e dê preferência aos sabonetes líquidos”.



Fonte: Jornal Hoje - Rede Globo


Matéria exibida na Edição do dia 26/01/2011 - http://g1.globo.com/jornal-hoje/

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Conheça sua PELE


A pele é formada por três camadas, bem unidas entre si. São elas: epiderme, derme e hipoderme. Todas são importantes para o corpo, e cada uma tem características e funções diferentes. Entenda: Epiderme - é a camada mais externa da pele, aquela que você pode ver.

A principal função da epiderme é formar uma barreira protetora do corpo, dificultando a saída de água do organismo e a entrada de substâncias e de micróbios no organismo. Derme - é a camada do meio da pele, formada por fibras e por grande quantidade de vasos sangüíneos e terminações nervosas.

Essas terminações recebem os estímulos do meio ambiente e os transmitem ao cérebro, através dos nervos. Estes estímulos são traduzidos em sensações, como dor, frio, calor, pressão, vibração, cócegas e prazer. Hipoderme - é a terceira e última camada da pele, formada basicamente por células de gordura. Sendo assim, sua espessura é bastante variável, depende se a pessoa é gordinha ou magrinha. Ela apóia e une a epiderme e a derme ao resto do seu corpo. Além disso, a hipoderme mantém a temperatura do seu corpo e acumula energia para o desempenho das funções biológicas.


A pele é um escudo?

Mesmo com toda esta proteção, a pele é permeável e absorve substâncias – muitas vezes usamos remédio de aplicar na pele com ação interna. Assim, cuidado com o que se usa nela! Esse cuidado deve ser maior na criança e no idoso, pois a sua pele é mais fina e tem maior capacidade de absorção.


Por que há diferentes cores de pele?

A cor da pele é conferida por um pigmento chamado melanina, que em maior ou menor quantidade determina a variação da pele branca a negra. Esse pigmento ajuda na proteção ao sol, assim a pele clara é mais desprotegida e tem maior risco de queimaduras por ter menor concentração de melanina. Esses pigmentos estão na pele, no cabelo e nos olhos. Você sabia? Com o passar dos anos, o organismo diminui a produção de melanina e surgem então os cabelos brancos! A pele negra tem uma grande capacidade de proteção natural, já que contém mais melanina. No entanto, também está sujeita a uma incidência maior de manchas. Apesar de estarem menos propensas aos efeitos nocivos dos raios UV, as peles negras também devem ser diariamente protegidas com o uso de filtros solares, pois previnem a formação de manchas. Além disso, as peles negras contêm maior número de glândulas sudoríparas, que causam a transpiração, e são, geralmente, mais oleosas que as peles brancas - sendo mais propensas à foliculites (pequenas lesões inflamadas nos poros) e acne. A pele negra é mais resistente que a pele branca, o que contribui para uma aparência mais jovem e para preservar a hidratação interna. As mulheres negras dificilmente têm problemas com celulite e flacidez, pois geralmente têm mais tonicidade e massa muscular, mas devem tomar cuidado com as estrias, pois sua pele tem uma trama mais fechada que se rompe com mais facilidade. Assim, as mulheres negras têm que evitar engordar e emagrecer rapidamente e redobrar a atenção na gravidez.


Hidratação


A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo. Para uma pele bonita e saudável, os dermatologistas recomendam beber, pelo menos, 2 litros de água por dia. Se a pele estiver ressecada, é sinal que o corpo pede água. Mas outros fatores podem contribuir para o ressecamento da pele, como vento, poeira, sol em excesso, calor ou ar seco. Assim, além de beber bastante água, para evitar o ressecamento da pele é preciso usar pouco sabonete, evitar água muito quente e usar cremes hidratantes adequados, sem muito perfume.



Fonte: Sociedade Brasileira de Dermatologia - http://www.sbd.org.br/

sábado, 22 de janeiro de 2011

Crianças otimistas são mais saudáveis


Olhar para o copo e enxergá-lo meio cheio traz benefícios para corpo e mente. Veja como ajudar seu filho a ter uma postura positiva.


Seu filho fica muito emburrado quando perde a final do campeonato? Dorme mal na época das provas? Chora se chove no dia em que vocês iam ao parquinho? Pois saiba que adotar uma postura positiva perante as situações do dia a dia traz mais benefícios do que simplesmente melhorar o humor. Estudo realizado com mais de 5 mil adolescentes australianos de 12 a 14 anos e publicado no início deste ano pela Academia Americana de Pediatria mostra que níveis altos de otimismo reduzem pela metade a incidência de depressão, além de diminuir o uso de drogas, álcool e cigarro. E não é só: os otimistas também se envolvem menos em situações de risco, como brigas, dirigir sem carteira de motorista, fugir de casa, ser suspenso da escola ou pichar locais públicos.


Já há algum tempo médicos e psicólogos costumam ligar atitudes otimistas à saúde física e mental, mas o que você pode fazer para ajudar seu filho a enxergar o copo meio cheio? Confira algumas dicas que reunimos com especialistas.


Ajude-o a ser independente: Para ter uma postura positiva, a criança precisa se sentir segura. A construção da identidade emocional ocorre dos 3 aos 9 anos e, nesse período, é importante que você permita que ela desenvolva duas características: independência nas atividades de vida diária (como fazer o próprio prato e arrumar o quarto, por exemplo) e autonomia (não precisar tanto da aprovação dos pais).


Aceite-o como ele é: A criança precisa ser aceita como ela é. Procure reconhecer suas capacidades e evite compará-la com irmãos, primos, colegas ou até celebridades (como um esportista ou um músico, por exemplo). Você pode, sim, colocar limites e impor disciplina, mas faça isso de maneira cuidadosa, sem tirar o otimismo natural dos pequenos.


Diga não: Faz parte do instinto materno proteger a cria e é uma delícia fazer o possível para que os filhotes fiquem sempre felizes. Mas é importante deixar que as crianças e os adolescentes lidem com as situações difíceis e aprendam a conviver com as frustrações. Para isso, é fundamental falar não nos momentos certos – não ceder a uma manha, por exemplo. Só assim, os pequenos conquistarão autonomia e independência para a vida adulta, quando os pais não estiverem mais por perto o tempo todo.


Não seja alarmista: Tudo bem, o mundo de hoje guarda muito mais perigos do que no tempo de nossas avós. Você precisa, sim, ensinar que algumas situações são perigosas, mas tenha cuidado para não ser alarmista. Uma boa maneira de começar é deixá-lo tomar um ônibus para a escola, mas avisar para não entrar caso uma pessoa mal encarada suba na mesma condução, por exemplo.


Seja otimista você também: O modelo dos pais influencia muito as crianças. É mais fácil o seu filho olhar a vida por um prisma positivo se você também estiver satisfeito com as próprias escolhas. Um ambiente descontraído, em que os problemas são enfrentados com bom humor, estimula toda a família a ser otimista. Da mesma forma, pais muito críticos podem retrair uma criança naturalmente bem-humorada. Caso o pai ou a mãe seja depressivo, os especialistas aconselham que os filhos convivam também com outros adultos, como avós e tios, que não tenham o problema.

Autora: Ana Lúcia Castello, psicóloga clínica e consultora do Hospital Infantil Sabará, e Elizabeth Brandão, psicóloga clínica e professora de psicologia da PUC-SP


Fonte: Revista Crescer - http://revistacrescer.globo.com/

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Obesidade - 10 coisas que você precisa saber

A obesidade é uma doença crônica, que afeta um número elevado de pessoas por todo o mundo. Porém, opção por uma rotina alimentar saudável e a prática de exercícios físicos podem contribuir com a prevenção e tratamento. Confira abaixo as 10 Coisas que Você Precisa Saber sobre a Obesidade:


1- A obesidade é caracterizada pelo acúmulo de gordura corporal e pode acarretar graves problemas de saúde e levar até à morte. O Brasil tem cerca de 18 milhões de pessoas consideradas obesas. Somando o total de indivíduos acima do peso, o montante chega a 70 milhões, o dobro de há três décadas.


2- Em muitos casos, a obesidade é diagnosticada através do cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Ele é feito da seguinte forma: divide-se o peso do paciente pela sua altura elevada ao quadrado. De acordo com o padrão utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), quando o resultado fica entre 18,5 e 24,9, o peso é considerado normal. Entre 25,0 e 29,9, sobrepeso, e acima deste valor, a pessoa é considerada obesa.


3- Existem três tipos de definições quando uma pessoa está acima do peso. O sobrepeso é quando há mais gordura no corpo do que o ideal para uma vida saudável. A obesidade se dá quando o acúmulo de gordura é muito acima do normal, podendo gerar até problemas graves de saúde. A obesidade mórbida é quando o valor do IMC ultrapassa 40. Nesse caso, médicos podem recomendar até cirurgias como tentativa de reverter a situação.


4- A obesidade é fator de risco para uma série de doenças. O obeso tem mais propensão a desenvolver problemas como hipertensão, doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, além de problemas físicos como artrose, pedra na vesícula, artrite, cansaço, refluxo esofágico, tumores de intestino e de vesícula.


5- A obesidade pode, também, mexer com fatores psicológicos, acarretando diminuição da autoestima e depressão.


6- São muitas as causas da obesidade. O excesso de peso pode estar ligado ao patrimônio genético da pessoa, a maus hábitos alimentares ou, por exemplo, a disfunções endócrinas. Por isso, na hora de pensar em emagrecer, procure um especialista.


7- Para o diagnóstico de obesidade, médicos podem usar fatores de risco e outras doenças para terem a noção da gravidade da situação do paciente. Por exemplo, apnéia do sono, diabetes mellitus tipo 2 e arteriosclerose são doenças que indicam a necessidade urgente de tratamento clínico da obesidade.


8- Segundo consta na Lei 11721, assinada em junho de 2008, pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, 11 de outubro é Dia Nacional de Prevenção da Obesidade. A data havia sido criada, há cerca de dez anos, pela Federação Latino-Americana de Obesidade, porém reconhecida, em 1999, pelo Governo Federal e instituída no Brasil, na época, com o nome de Dia Nacional de Combate à Obesidade.


9- A prevenção contra a obesidade passa pela conscientização da importância da atividade física e da alimentação adequada. O estilo de vida sedentário, as refeições com poucos vegetais e frutas, além do excesso de alimentos com fritura e açúcar se refletem no aumento de pessoas obesas, em todas as faixas etárias, inclusive crianças.


10- Está comprovado que relacionamentos sociais e romances são menos frequentes entre obesos, já que eles saem menos de casa devido a diminuição da autoestima. Agora, uma vez existindo o relacionamento, a obesidade pode interferir no relacionamento sexual. Ela está relacionada à redução da testosterona, o que pode levar a redução de libido e a problemas de ereção nos homens. Já nas mulheres, existe uma redução dos níveis de hormônio feminino e aumento no nível dos masculinizantes. As mulheres têm aumento de pêlos, irregularidade menstrual e falha na ovulação. As chances de todos esses problemas se resolverem, com uma perda de peso na ordem de 10%, são bem grandes.



Fonte: Sociedade brasileira de Endocrinologia e Metabologia - http://www.endocrino.org.br

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Halitose


A halitose ou mau hálito é uma condição anormal do hálito que se altera de forma desagradável.


A palavra halitose se origina do latim. “Halitu” significa ar expirado e “osi” alteração. É, portanto, o odor expirado pelos pulmões, boca e narinas.


No Brasil, pesquisas realizadas revelam que aproximadamente 30% da população sofrem com este problema, cerca de 50 milhões de pessoas.


A halitose não é uma doença, mas pode denunciar a ocorrência de alguma patologia ou problema de saúde. Entretanto, pode também sinalizar alguma alteração fisiológica. Sendo assim, é um sinal de que algo no organismo está em desequilíbrio, devendo ser identificado através de um correto diagnóstico e tratado adequadamente quando o problema torna-se crônico.


Existem aproximadamente 60 causas distintas e, por este motivo, o mau hálito tem característica multifatorial, ainda que em mais de 90% dos casos sua origem se dá na cavidade bucal, acompanhada ou não de alterações sistêmicas.


Pode ser de origem fisiológica (hálito da manhã, jejum prolongado, dietas descontroladas ou hábitos ou alimentação inadequada), devido a razões locais, como má higiene bucal, placas bacterianas retidas na língua (saburra lingual) ou amídalas (cáseos amidalianos), baixa produção de saliva (hipossalivação), doenças da gengiva, problemas em vias aéreas (adenóides, rinites, sinusites...), estresse ou mesmo por razões sistêmicas, dentre elas diabetes, problemas renais ou hepáticos, prisão de ventre acentuada e outros.


O uso excessivo de medicações, fatores como o fumo, drogas, uso de bebidas alcoólicas e a utilização de soluções para bochecho com álcool na composição também são fatores que podem comprometer o hálito.


Vale salientar que problemas relacionados ao estômago muito raramente interferem na condição do hálito alterado, o que por muito tempo, e até os dias de hoje, se constitui numa crença com pouca ou nenhuma evidência científica ou clínica.


As principais são:


O estudo e as pesquisas científicas em torno do tema tomaram grande impulso no mundo e, em especial, no Brasil, no início da década de 90 com a identificação dos reais fatores responsáveis pelo comprometimento do hálito. Esse avanço se reflete nas crescentes pesquisas sobre o assunto, assim como no desenvolvimento de equipamentos e produtos específicos para medir determinados odores e para auxiliar no controle, prevenção e tratamento da halitose.


· Evitar alimentos que contribuam para o ressecamento bucal (muito salgados, quentes ou condimentados);

· Realizar pequenas refeições a cada 03 horas, pois jejum prolongado pode comprometer seu hálito;

· Evitar o consumo excessivo de alimentos com odor carregado ou contendo enxofre em sua composição (ex: alho, cebola, picles, repolho, couve, brócolis...), gorduras e frituras em geral, de ação estimulante (café, refrigerantes tipo “cola”, achocolatados), ricos em proteínas (carne vermelha, leite e derivados), dentre outros;

· Ter uma dieta balanceada, incluindo uso de alimentos duros e fibrosos;

· Evitar álcool e fumo em excesso;

· Ingerir bastante líquidos com preferência para água (média de 2 litros/dia);

· Realizar adequada higiene bucal (incluindo limpeza da língua) e evitando o uso de soluções para bochecho com álcool na composição;

· Visitar o dentista semestralmente, prevenindo assim problemas dentários e gengivais (ex: tártaro, sangramentos...);

· Realizar exames de saúde geral (check-up) anualmente;

· Praticar atividades físicas e Reduzir o estresse.

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"Se você é portador de halitose, não se sinta sozinho, pois pesquisas recentes indicam que cerca de 50 milhões de pessoas no Brasil sofrem com esse problema. A boa notícia é que: mau hálito tem solução. Quebre esse tabu. Procure ajuda de um profissional qualificado. DIGA ADEUS AO MAU HÁLITO!"

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Fonte: Site da Associação Brasileira de Halitose - http://www.abha.org.br/

sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Mãe x Filho x Linguagem


Cientistas mostram que aquele papo que você tem com o seu filho desde quando ele está em sua barriga estimula áreas do cérebro responsáveis pelas habilidades motoras na fala.
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Você provavelmente nunca pensou que o som da sua voz, além de acalmar o seu filho, é capaz de ativar partes do cérebro dele responsáveis pela aquisição da linguagem. Mas essa foi a constatação de pesquisadores da Universidade de Montreal, no Canadá.
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Para chegar a essa conclusão, os cientistas aplicaram eletrodos na cabeça de 16 bebês enquanto dormiam e pediram para a mãe fazer um curto som da vogal A. Na sequência, repetiram o exercício com uma enfermeira, que também é mãe. Quando a mãe da criança avaliada falou, o exame mostrou claramente reações no lado esquerdo do cérebro, em especial no processamento da linguagem. Por outro lado, quando a enfermeira falou, o que o lado que reagiu foi o direito, responsável pelo reconhecimento de sons e timbres da voz.


Para Antonio Carlos de Farias, neurologista pediátrico do Hospital Pequeno Príncipe (PR), o estudo constata algo que já era conhecido na neurociência. “Esse impacto que a voz da mãe exerce no cérebro do bebê começa ainda quando ele está no útero. Por isso, ao nascer, já é capaz de distinguir a voz da mãe das demais”, diz. Segundo os cientistas da Universidade de Montreal, a pesquisa sugere que a mãe é a iniciadora primária da linguagem do filho.


E se você pensa que é preciso um estímulo especial para ajudar o bebê nas habilidades da fala, saiba que só o fato de você passar a mão na sua barriga, dar bom dia para o seu filho e depois com ele desde pequeno manter um diálogo gostoso já é suficiente para provocar reações que vão ajudar no desenvolvimento de regiões do seu cérebro. Da próxima vez que alguém se espantar quando ouvir você batendo um papo com o barrigão, já sabe o que responder!



Fonte: Revista Crescer - http://revistacrescer.globo.com/

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

TOC - Transtorno Obsessivo Compulsivo


O transtorno obsessivo compulsivo (TOC) caracteriza-se por dois tipos de manifestações: as obsessões ou idéias obsessivas e as compulsões ou rituais compulsivos. As obsessões são idéias ou imagens que vem à mente da pessoa independente de sua vontade repetidamente. Embora a pessoa saiba que são idéias suas, sem sentido, não consegue evitar de pensá-las. São freqüentes idéias relacionadas a religião, sexo, duvidas, contaminação, agressão (por exemplo, a pessoa tem idéias repetidas de que suas mãos estão contaminadas por ter tocado em objetos "sujos"). As compulsões são atos ou rituais que o indivíduo se vê obrigado a executar para aliviar ou evitar as obsessões. Se a pessoa não executa o ato compulsivo ela fica muito ansiosa. Os rituais são repetidos numerosas vezes, apesar da sensação que a pessoa tem de que não fazem sentido. Compulsões freqüentes são lavar as mãos, verificar se a porta está trancada ou a válvula do gás está fechada, questionar uma informação repetidamente para ver se está correta, executar minuciosamente uma série pré-programada de atos para evitar que aconteça algum mal a alguém, contar ou falar silenciosamente. Tanto as obsessões como as compulsões ocupam uma boa parte do tempo da pessoa, prejudicando ou dificultando seu dia a dia.


Como a própria pessoa reconhece que seus pensamentos ou atos são sem sentido, ela procura disfarçar tais manifestações, evitando conversar sobre esse assunto e relutando em procurar auxilio médico psiquiátrico.


O transtorno obsessivo compulsivo inicia em geral no fim da adolescência, por volta dos 20 anos de idade e atinge cerca de 2 em cada 100 pessoas. A doença pode se manifestar em crianças também. Em geral a doença evolui com períodos de melhora e piora; com o tratamento adequado há um controle satisfatório dos sintomas, embora seja pouco freqüente a cura completa da doença.


Muitos portadores de TOC apresentam também outros transtornos como fobia social, depressão, transtorno de pânico e alcoolismo. Alguns transtornos mentais como a tricotilomania (arrancar pelos ou cabelos), o distúrbio dimórfico do corpo (idéia fixa de que há um pequeno defeito no corpo, em geral na face) e a síndrome de Tourette (síndrome dos tics) parecem estar relacionados ao TOC.


Pesquisas recentes mostram que o TOC é uma doença do cérebro na qual algumas áreas cerebrais apresentam um funcionamento excessivo. Sabe-se também que o neurotransmissor serotonina está envolvido na formação dos sintomas obsessivo-compulsivos. Acredita-se também que as pessoas que tem uma predisposição para a doença, reagem excessivamente ao estresse. Tal reação consiste nos pensamentos obsessivos, que por sua vez geram mais estresse, criando assim um circulo vicioso.


O tratamento do transtorno obsessivo compulsivo envolve a combinação de medicamentos e psicoterapia. Os medicamentos utilizados são os antidepressivos, em geral em doses elevadas e por tempo bastante prolongado. A psicoterapia mais estudada é a terapia comportamental, através da qual o paciente é estimulado a controlar seus pensamentos obsessivos e rituais compulsivos. Outras formas de psicoterapia auxiliam o paciente a lidar com as situações de ansiedade que agravam a doença.


Autor: Prof.º Dr. Mário Rodrigues Louzã Neto


Site: Saúde Mental - http://www.saudemental.net/ - Setembro / 2010

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Reprodução Assistida: novas regras


A partir de agora, os médicos poderão implantar, no máximo, quatro embriões. Casais homossexuais e pessoas solteiras que querem ter filhos também vão poder recorrer ao procedimento.


O Conselho Federal de Medicina anunciou novas regras para a reprodução assistida no Brasil. Mais casais terão acesso à técnica e os especialistas terão que seguir normas mais rígidas.

Núbia tem que se multiplicar para atender aos trigêmeos, um trabalho que ela adora. Antes, foram três tentativas frustradas e muito desgaste.

“Não é simples. Tem um preço e um preço emocional muito grande”, contou ela.

Com a evolução da medicina, cada vez mais casais com problema de fertilidade recorrem às técnicas de reprodução assistida. Por isso, o Conselho Federal de Medicina atualizou as regras, que já tinham 18 anos.

Na reprodução assistida, o óvulo da mulher é coletado e fertilizado pelo espermatozóide, em laboratório. Os embriões gerados são, então, transferidos, para o útero da mulher. A partir de agora, os médicos poderão implantar, no máximo, quatro embriões.

Segundo o Conselho, é um cuidado para evitar uma gestação com muitos bebês, que pode provocar riscos para a mãe e para os filhos. O número de embriões tem que levar em conta a idade da mulher. Quanto mais jovem, menos embriões são necessários porque a taxa de sucesso da gravidez é maior.

Por isso, para as mulheres de até 35 anos, poderão ser implantados até dois embriões. Entre 36 e 39 anos, três embriões. De 40 anos em diante, quatro embriões.

Outra novidade: até hoje, o Conselho Federal de Medicina determinava que apenas casais heterossexuais podiam recorrer à reprodução assistida. O Conselho mudou a norma e agora casais homossexuais e pessoas solteiras que querem ter filhos também podem recorrer a esse procedimento.

As novas regras determinam ainda que não pode haver seleção de embriões para escolher o sexo ou outras características do bebê. Embriões, óvulos e espermatozóides congelados poderão ser usados mesmo depois da morte do doador, desde que haja autorização em cartório.

As medidas foram aprovadas por unanimidade pelo Conselho. “Quem não segue, a própria lei dos conselhos determina uma punição que vai da advertência até a cassação, dependendo da gravidade da conduta do médico”, explicou o presidente do Conselho Federal de Medicina, Roberto d'Avila.

Na clínica do especialista José Gonçalves Franco Júnior quatro mil bebês nasceram pelo método de reprodução assistida.

“De uma forma geral, essas medidas, as novas medidas trouxeram certa amplitude da aplicação das técnicas de reprodução assistida no Brasil”, declarou ele.

É mais segurança para ajudar a realizar o sonho de muitas famílias. “Era meu maior sonho ter um filho, apertar meu filho no colo e, de repente, eu tive três. Foi muito legal!”, afirmou Núbia.


Fonte: Jornal Nacional - Rede Globo - http://g1.globo.com/jornal-nacional/

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Cosméticos Infantis


Produtos cosméticos feitos para crianças podem ser utilizados a partir dos 5 anos de idade.

Segundo especialistas, as crianças observam muito as atitudes dos adultos e tendem a copiar os passos daquelas pessoas que admiram. Por isso, não é raro encontrar uma menina experimentando o sapato da mãe ou algum item do estojo de maquiagem. Da mesma forma, os meninos anseiam por fazer a barba e usar a loção cheirosa que o pai espalha no rosto todas as manhãs.

Para satisfazer esses pequenos consumidores, as indústrias de cosméticos lançam todo ano uma série de produtos elaborados especialmente para as crianças. Entretanto, é muito comum os pais ficarem em dúvida sobre o momento certo e a segurança ao usá-los.

A dermatologista Roseli Andrade* esclarece que a pele e o cabelo de crianças e bebês ainda estão em amadurecimento e, por isso, são muito finos e delicados. “Nessa fase, ainda não há a resistência necessária aos agressores do meio externo, como vento, sol, poeira e compostos químicos. Por isso, o ideal é evitar ao máximo o uso de produtos químicos na pele e no cabelo antes dos 5 anos de idade”.

Sobre maquiagens para as meninas, Roseli orienta que os pais devem comprar os produtos com base aquosa e com pigmentos removíveis com água. “Deve ser dada preferência aos pigmentos com composição mineral, evitando o uso de maquiagem com pigmentos muito aderentes e de bases oleosas. Algumas marcas realizam testes dermatológicos, mas é sempre bom verificar a procedência para evitar reações alérgicas e dermatites de contato”.

Os meninos também gostam de ficar bonitos, afinal, tudo é diversão. Os produtos preferidos da molecada são as tatuagens adesivas e o gel para fazer penteados radicais.

“Existem adesivos que possuem corantes à base de minerais e água, portanto, não ocasionam alergias”, conta a dermatologista. “O gel para cabelo não deve possuir álcool na sua composição. Tomando esse cuidado, a criança poderá usá-lo todos os dias. Hoje, a maioria dos géis é livre de álcool”.

Converse com seus filhos e procure por essas informações nos rótulos dos produtos. Os fabricantes que fazem testes dermatológicos costumam colocar o dado em destaque. Mantenha-se informado e ajude as crianças a se divertirem com segurança.


Autora: Roseli Andrade - Dermatologista, especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia e membro da Academia Americana de Dermatologia.

Fonte: http://www.nestle.com.br/site/revistanestlecomvoce