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domingo, 27 de fevereiro de 2011

Segurar o XIXI - quais os riscos ?


O hábito de homens e, principalmente, mulheres de segurar o xixi até encontrar um local adequado foi um dos temas centrais do Bem Estar (programa da Rede Globo).


O urologista Marcelo Vieira, do Hospital Samaritano, em São Paulo, esteve presente no estúdio com Mariana Ferrão e Fernando Rocha para falar se adiar a hora de urinar pode prejudicar os rins, a bexiga ou o organismo em geral.


As ruas, o trânsito e os ônibus são alguns dos locais em que as pessoas costumam ficar “apertadas”. Em casos mais extremos, comuns no sexo feminino, esse comportamento pode provocar uma infecção urinária.


Segundo Vieira, o xixi serve para limpar a uretra, onde se acumulam bactérias, e evitar uma possível infecção urinária. Portanto, quanto maior o tempo que uma pessoa fica sem ir ao banheiro, maior também é o risco de um problema posterior.


O urologista afirmou que o organismo humano precisa, em média, de dois litros de água por dia. Na hora da atividade física, o recomendado são 600 ml por hora, o equivalente a uma garrafinha.


Quem trabalha com telemarketing ou em centrais de atendimento acaba tomando muita água, na tentativa de molhar a garganta e melhorar a voz, e ficando com mais vontade que o normal de fazer xixi. O problema é que tudo nesses locais é cronometrado, e uma ligação vem atrás da outra. “Você se programa para levantar, aí aparece um cliente que fica 20 minutos ao telefone”, disse a atendente Nilza Teodoro.


Na rodoviária, a espera pode levar horas. A aposentada Marilene de Carvalho saiu de Ubatuba, no litoral norte paulista, com direção à capital e ficou quase seis horas sem fazer xixi. Esperou um lugar mais confortável e limpo. Como é diabética, sabe que essa atitude não é a mais indicada. "Depois a gente se sente aliviada, satisfeita”, afirmou.


De acordo com o urologista, segurar o xixi não aumenta a pressão da bexiga a ponto de danificar os rins. Mas a vontade é incômoda porque, quando o comando de que a bexiga está cheia passa para o cérebro, ele atravessa o sistema límbico, também responsável pelas emoções, e faz com que o desejo aumente ao ouvir barulho de água, chuva ou torneira, avistar um banheiro ou presenciar outras situações que lembrem que a bexiga precisa ser esvaziada.


Vieira também disse que, no frio, a vontade cresce porque o corpo não sua tanto e acumula mais água. Já nos homens com problema de próstata, o crescimento anormal do órgão pode pressionar a uretra e impedir que a bexiga libere completamente a urina.



Fonte: Programa Bem Estar - Rede Globo - http://g1.globo.com/bemestar/


O programa Bem Estar é exibido de segunda a sexta as 10h.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Conjutivite: como tratar e evitar

O calor, o suor e o tempo seco do verão criam uma condição favorável para o aparecimento e a disseminação da conjuntivite, inflamação na membrana que reveste a parte frontal dos olhos e o interior das pálpebras.

Para esclarecer o que é essa doença, quais são os sintomas e como preveni-la ou tratá-la, o programa Bem Estar (da Rede Globo) desta sexta-feira (25) contou com a presença do oftalmologista Emerson Castro, do Hospital das Clínicas, que ensinou a usar lenço de papel, algodão com soro, colírio e água gelada.


A conjuntivite dura, em média, até 15 dias e é caracterizada por dor, coceira, vermelhidão e secreção nos olhos. Os tipos mais comuns são o viral, o bacteriano e o alérgico. Segundo Castro, o viral é o mais agressivo e de fácil propagação. Foi o que atingiu a família Ferreira, em São Paulo. A inflamação se espalhou por três dos quatro moradores – só a mãe ficou livre – e, ao que tudo indica, começou com uma pescaria do pai, João Ferreira, em Mato Grosso do Sul.


Objetos de uso comum, como telefone, controle remoto, sabonete e toalhas aumentam as chances de avanço do vírus ou da bactéria. Para o tratamento, é recomendado um cuidado mais intenso com a higiene pessoal, com o uso de colírios, compressas, álcool em gel, lenços de papel e toalhas e roupas de cama individuais. Lavar as mãos com frequência também ajuda. Além disso, é indicado o isolamento temporário do contato social.


O aspecto vermelho dos olhos nos três tipos de conjuntivite é mais ou menos parecido. O que ajuda a diferenciá-los são os sintomas. No viral, além da vermelhidão e do inchaço característicos, há a sensação de areia ou corpo estranho e um forte lacrimejamento. Leva até duas semanas para o paciente melhorar e, dependendo da gravidade, pode deixar sequelas na córnea e atrapalhar a visão. O tratamento é à base de compressas com água fria e, eventualmente, colírios lubrificantes.


No tipo bacteriano, a secreção e o inchaço são mais intensos. Também há vermelhidão, mas o lacrimejamento não é tão frequente. Dura, em geral, uma semana. O tratamento é feito com colírios e antibióticos.


Na conjuntivite alérgica, o paciente sente coceira intensa e muito inchaço. A vermelhidão e o lacrimejamento não são tão proeminentes quanto nos outros tipos. O tempo de duração é variável e, para o tratamento, é importante afastar a pessoa do agente que causa a alergia, como maquiagem, perfume, poeira e pólen, entre outros.


Há, ainda, um quarto tipo da inflamação: a tóxica, causada por fatores externos como substâncias químicas, cloro, fumaça de cigarro ou poluição.


A conjuntivite no Brasil


Segundo o Ministério da Saúde, não há um número oficial de casos por ano no país, já que a doença não é de notificação obrigatória, como ocorre com a dengue. Mas é importante ficar atento, porque, se não for prevenida, pode provocar uma epidemia e levar à ausência de pessoas no trabalho, na escola e em outros compromissos sociais.


A inflamação acontece com mais frequência durante o verão, mas são registrados casos em todas as épocas do ano. Piscinas não tratadas, lagos e a água do mar podem ser meios de transmissão, dependendo da contaminação da água. A secreção nos olhos funciona como um veículo para o contágio - por isso, essa costuma ser a fase mais preocupante.



Fonte: Programa Bem Estar - Rede Globo - http://g1.globo.com/bemestar/

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Exercícios e vida social ajudam na adaptação ao fim do HORÁRIO DE VERÃO

Veja dicas para retardar o sono no período de readaptação do organismo. Relógios devem ser atrasados em uma hora à 0h deste domingo (20).


O fim do horário de verão é, para muitos, o término de um período de dificuldades com o sono. Isso porque, no horário de verão, com os relógios adiantados em uma hora, o organismo sofre mais para acordar sem a luz do dia, que funciona como um despertador. É isso o que torna mais fácil a adaptação ao fim do que ao início do horário de verão.


Ainda assim, algumas pessoas também enfrentam dificuldades com o fim da mudança de horário, já que o sono chega mais cedo. “É muito mais fácil enfrentar o fim do horário de verão do que o início porque voltamos ao padrão normal. Mas algumas pessoas que têm hábitos matutinos e dormem mais cedo podem demorar um pouco mais para se adaptar”, afirma ao G1 Lia Rita Azeredo Bittencourt, coordenadora do Instituto do Sono, da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp).


Segundo a especialista, o organismo precisa de cerca de três dias para se readaptar, e o processo ocorre naturalmente. “O ideal é praticar atividades físicas, ajustar as rotinas de trabalho e a vida social para um pouco mais tarde e assim prolongar o horário de dormir”, afirma.


Não vale tudo, no entanto, para espantar o sono. Lia afirma que não é recomendado o consumo de energéticos, café, chá preto e pó de guaraná, por exemplo. “Isso pode levar a uma insônia e deve ser evitado.”


As consequências do horário de verão relacionadas à alimentação podem ser causadas apenas pela mudança de ritmos. Para a fome fora da hora das refeições, a dica de nutricionistas é aumentar o consumo de líquidos como água, chás e sucos naturais nos momentos de fome.


Horário de verão


O horário brasileiro de verão, em vigor desde 17 de outubro de 2010, termina à meia-noite deste sábado (19) para domingo (20). Relógios de moradores das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devem ser atrasados em uma hora.


O horário de verão é adotado em dez estados do país e no Distrito Federal.


Aderiram à mudança de horário, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME), os estados do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Distrito Federal. Desde 2008, a mudança no horário ocorre sempre no terceiro domingo de outubro e termina no terceiro domingo de fevereiro.



Fonte: http://g1.globo.com/brasil/noticia/2011/02/exercicios-e-vida-social-ajudam-na-adaptacao-ao-fim-do-horario-de-verao.html

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Ar-condicionado e Saúde


Nos dias de calor escaldante, ambiente geladinho é a pedida. Mas, sem os devidos cuidados, isso pode trazer complicações

Na rua, sol forte, temperatura acima dos 30 graus, maquiagem derretendo, gravata sufocando de tanto calor. No escritório ou dentro do carro, aquele ar geladinho gostoso.


Para fugir do calor intenso, quem tem condições financeiras recorre aos sistemas condicionadores de ar. Sem os devidos cuidados, no entanto, eles podem trazer complicações para a saúde.


“O ar-condicionado tira a umidade do ar que vai passar pelas vias respiratórias e, com isso, dificulta a respiração. O ar muito frio e a umidade abaixo de 14% – como nos aviões – causam grande desconforto e irritação após poucas horas”, diz a médica Mônica Menon, otorrinolaringologista e alergista, doutora em ciências médicas pela FMUSP e especialista em pesquisa clínica.


A mucosa nasal é revestida por cílios vibrantes, responsáveis por expulsar bactérias, fungos e vírus que entram no organismo pelo ar que respiramos. “Como há o ressecamento da região, a chance de contrair infecções aumenta”, explica o médico Ricardo Milinavicius, diretor da Sociedade Paulista de Pneumologia e Tisiologia (SPPT).


Para aqueles que sofrem com quadros alérgicos, as reações se amplificam. “A mucosa fica ainda mais irritada e a pessoa passa a espirrar mais”, diz Mônica Menon.


Uma forma de minimizar o problema é hidratar-se bem. Nos dias quentes e especialmente em ambientes com ar-condicionado, é essencial beber água e umidificar as vias aéreas com soro fisiológico ou gel nasal. “Beba água de forma fracionada: meio copo de hora em hora”, aconselha a médica Mônica Menon.


Limpeza contra doenças


Outro problema do ar-condicionado é a “poluição indoor”. O filtro não consegue reter todas as impurezas existentes no ambiente, que se acumulam nos ductos e fazem com que o ar circule contaminado de fungos, bactérias e sujeiras, prejudicando a saúde de quem está exposto ao aparelho.


Segundo Ricardo Milinavicius, é importante que o ar-condicionado seja higienizado e tenha o filtro trocado periodicamente. “Este é o principal desencadeador de doenças respiratórias: a falta de limpeza. Para pessoas que já apresentam quadros de bronquite, asma ou doença pulmonar obstrutiva crônica, a DPOC, os riscos são ainda maiores, podendo levar a casos de sinusite, amidalite e até mesmo pneumonia”, alerta o médico.


E não só o filtro do ar-condicionado deve ser higienizado, mas também os ductos internos, pois é lá que bactérias e resquícios de água ficam alojados. Veja como limpar o seu ar-condicionado.


A limpeza deve ser realizada a cada três meses e, a cada seis, é preciso trocá-lo. O mesmo serve para o ar dos carros. Nos veículos, o parâmetro para troca é de cinco mil a 10 mil quilômetros rodados, o que corresponde a aproximadamente um ano.



Fonte: http://saude.ig.com.br/minhasaude/

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cérebro se transforma quando aprendemos

Substância cinzenta e branca aumentam quando aprendemos.
Resultados são validos para jovens e idosos, afirmam pesquisadores.


Adquirimos constantemente novas informações e aptidões. No entanto, os pesquisadores ainda sabem muito pouco sobre o que exatamente acontece durante esse processo: será que o maquinário já existente das células cerebrais é adaptado a cada situação ou unidades de processamento completamente novas são criadas e integradas? Ou seja, apenas a comunicação entre os neurônios se altera ou toda a estrutura do cérebro, o hardware neural, também se modifica durante a aprendizagem?

As células neurais funcionam como unidades processadoras de informações. Seus corpos formam a substância cinzenta, o córtex, que compõe a camada externa do cérebro. Cada neurônio pode receber sinais de outras células, transmitidos pelos pontos de contato, as sinapses, e depois encaminhados ao longo de extensões chamadas axônios. Eles ficam dentro do cérebro, ou seja, embaixo do córtex, e são chamados substância branca. Sua função é ligar os neurônios por longas distâncias, permitindo a comunicação entre diversas áreas.

Anatomia

A cor clara vem da camada de gordura isolante que envolve os axônios. Essa bainha de mielina acelera o encaminhamento dos sinais, contribuindo para uma comunicação rápida sem perdas de dados. O truque decisivo: a bainha mielínica é interrompida a pequena distância pelos nódulos de Ranvier; os sinais praticamente “saltam” de um nódulo para outro. Sem essas interrupções, os sinais se difundiriam mais lentamente e, em trechos mais longos, acabariam por se extinguir. O grau de mielinização, portanto, influencia a velocidade e a força dos impulsos: quanto mais grossa a camada isolante, melhor e mais rápido os dados são transmitidos.

Mas o que isso tem a ver com aprender? O aprendizado, antes de mais nada, baseia-se em uma alteração de comunicação entre as células do cérebro. Assim, é bastante plausível que a substância branca também se modifique quando aprendemos uma nova habilidade motora (como no caso do malabarismo), pelo surgimento de novos axônios ou com uma mielinização mais intensa daqueles já existentes. Dessa forma, os sinais de áreas visuais teriam condição de atingir as regiões cerebrais motoras com mais rapidez, por exemplo. Por isso, dançar, nadar, treinar lutas marciais, jogar tênis ou xadrez, praticar arvorismo ou qualquer outra atividade que mantenha o corpo e a mente em movimento favorece a capacidade neural.

Fonte: Portal da Educação Física - http://www.educacaofisica.com.br/

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Agricultura Hidropônica - como funciona ?


O cultivo da agricultura hidropônica é uma técnica milenar em que frutas, verduras e legumes são produzidos sem o uso de terra. “Em seu lugar utiliza-se água pura, mas podem ser usados também substratos como fibra de coco, lã de rocha e algodão”, afirma o engenheiro agrônomo Antônio Bliska Junior, da Faculdade de Engenharia Agrícola da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp).

A principal vantagem desse tipo de cultivo, que já era empregado na China há 2 mil anos, é a produção de plantas mais saudáveis e resistentes a pragas, uma vez que elas são cultivadas em água potável, longe de microorganismos e metais pesados. “Além disso, em algumas culturas não é preciso utilizar agrotóxicos”, diz Bliska, que é co-autor da Cartilha de Hidroponia, disponível no endereço eletrônico www.hidroponia.com.br.

Outro fator favorável à técnica é a possibilidade de cultivo em regiões desérticas ou rochosas, onde a terra é improdutiva. De acordo com os defensores da hidroponia, que foi introduzida no Brasil apenas nos anos 90, esse tipo de agricultura é altamente viável do ponto de vista econômico. O mais caro é o investimento inicial para implantação do sistema, que é formado por tubulações com furinhos onde as plantas são afixadas, bombas para movimentar a água e uma estufa.


Fonte: Revista Vida Simples - http://vidasimples.abril.com.br/

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Alimente-se com segurança no verão

Preste atenção em alguns cuidados na hora de se alimentar em clubes e praias e diminua os riscos de intoxicação


Passar o dia em uma praia ou piscina é um programa bastante procurado nos meses de verão. O que muita gente se esquece, no entanto, é de planejar o que comer durante o período em que estiver nesses ambientes e acaba optando pelas ofertas mais cômodas, mas não necessariamente mais saudáveis.



Os alimentos vendidos nas praias nem sempre têm procedência segura e preparo adequado. Além disso, as altas temperaturas facilitam o crescimento de cultura de bactérias, por isso, os cuidados com a conservação dos alimentos precisam ser redobrados.


Para diminuir os riscos de intoxicação alimentar e ficar livre de vômitos, diarreias, desidratação e mal-estar, procure adotar os seguintes cuidados:


- dê preferência a alimentos mais leves, como frutas, verduras e carnes brancas grelhadas.


- escolha picolés à base de água, que ajudam a hidratar o corpo e são menos calóricos que os cremosos.


- invista no consumo de água de coco, pois ela contem alto valor de sais minerais e vitaminas.


- evite alimentos gordurosos, que dificultam a digestão e têm alto valor calórico, como espetinho de queijo coalho. Pastéis e churros, além de serem gordurosos, ainda podem ser prejudiciais se a qualidade do óleo utilizado na fritura não for boa.


- não exagere nas bebidas alcoólicas, pois podem prejudicar a desidratação.

- verifique a temperatura e o cheiro dos alimentos.


- Ao comprar um sanduíche natural, confira se o produto está fresco, embalado e refrigerado adequadamente. Lembre-se de que para ser natural, o sanduíche deve ser feito com alimentos leves, como vegetais, peito de peru, queijo branco e atum.


- Sempre que for comprar algum alimento, como milho cozido e sucos, verifique a limpeza do local e a higiene do vendedor.


- Lave as mãos. Essa atitude simples pode prevenir a disseminação de doenças.


- Se possível, leve alimentos de casa, como frutas, água, lanches e biscoitos sem recheio. Além de economizar na praia ou no clube, você também aumentará sua segurança alimentar.


Fonte: Site Hospital do Coração


Publicado no: site UNIMED - http://www.unimed.com em 09 Fevereiro 2011

domingo, 6 de fevereiro de 2011

PREGUIÇA

Ela é fofa, ela é gostosa, ela é quentinha. Como encontrar o equilíbrio?


“A preguiça é a mãe de todos os vícios, mas uma mãe é uma mãe, e é preciso respeitá-la, pronto!” Freud? Chico Xavier? Não, provérbio de internet. O poeta Mário Quintana tem uma frase parecida. “A preguiça é a mãe do progresso. Se o homem não tivesse preguiça de caminhar, não teria inventado a roda.”

As frases definem de maneira simples e verdadeira o famoso estado responsável por bocejos e espreguiços sem fim. Pois de certa forma a preguiça é um “protesto” pelos tempos acelerados em que vivemos. Com o ritmo de vida cada vez mais vertiginoso, parece ser irresistível o convite para desencanar daquelas tarefas que nos consomem diariamente. Basta olhar para o lado e perceber que o tempo e o espaço dedicados à preguiça estão cada vez mais escassos. Pois é fácil imaginar que damos mais atenção às tarefas que para nossa própria vida.

O médico Jomar Souza, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte, diz que há o lado bom e o lado ruim da preguiça. E, como tudo, é necessário equilíbrio para curtir momentos de relaxamento sem que isso altere a funcionalidade nas diferentes áreas de sua vida. “Todos nós, em vários momentos da vida e do cotidiano, vamos sentir preguiça que pode ser de uma ação física e/ou mental. Isso pode, por exemplo, estar relacionado com o biorritmo de cada um”, diz Souza.

Cinco minutinhos: Todo mundo sabe: a imagem da preguiça não é das melhores. Pelo menos em sociedades competitivas. Na cultura brasileira ela é personificada, por bem ou por mal, pelo Jeca Tatu, de Monteiro Lobato, e por Macunaíma, de Mário de Andrade. Além disso, a preguiça aparece tanto como um dos sete pecados capitais quanto no pop: Garfield, o gato, odeia segundas-feiras.

Jomar Souza explica que desfrutar da preguiça faz bem, relaxa o corpo e a mente, além de ser saudável por frear o ritmo alucinado atual, em que nos habituamos a desempenhar diversas tarefas simultaneamente. Por outro lado, abusar dela pode ser prejudicial. Ao ultrapassar o limite daquele repouso breve e restaurador, voltar às atividades anteriores pode se tornar muito mais difícil. É como que se tivesse de aquecer novamente, e essa força empregada acaba consumindo mais energia do que se tivesse controlado a tentação.

Nesse caso, Souza afirma que pode ser um quadro de estafa ou mesmo depressão, demandando atenção. “Tido como preguiçoso, o Jeca Tatu era, na realidade, subnutrido, com condições de vida que lhe impunham uma série de problemas. Não era preguiça. Era doença”, diz.

O exemplo simples e comum da preguiça exagerada pode ser comparado ao dos cochilos. Todo mundo sabe que é sempre bom tirar um cochilo, pois durante o processo recobramos uma porcentagem da energia descarregada ao longo do dia. Contudo, ao abusarmos dezenas de minutos a mais do que o recomendado, o cérebro entra em um processo de descanso mais profundo, parecido com aquele do sono noturno. Assim, ao acordar, a pessoa pode se sentir cansada como se nem tivesse relaxado por um minuto.


Deixe de ser Jeca: Como escreveu certa vez o colunista Eugenio Mussak: “A preguiça é mesmo seletiva. Como nosso primeiro pensamento é o de nosso cérebro mais primitivo, aquele que seleciona seus interesses pelo prazer ou pelo atendimento a uma necessidade imediata, temos, em princípio, preguiça para fazer qualquer coisa que só irá dar prazer ou resultado depois de algum tempo”.

É assim mesmo. Selecionamos atividades, a ponto de fazer um enorme esforço para jogar futebol no sábado de manhã, enquanto reclama-se o resto dos dias por ter de acordar para trabalhar ou estudar. Um bom método para iniciar o controle contra a preguiça excessiva é a disciplina, como destaca Mussak. “Ter disciplina pessoal significa decidir o que deve ser feito, e fazer. E isso não pode depender da vontade do momento. O emocional só sabe diferenciar o agradável do desagradável, o que não serve como critério para as grandes decisões”, diz.

A lição que fi ca é: todos nós temos nosso tempo de fazer as coisas. É importante sabermos dosar trabalho, amigos, família, lazer e descanso. Algum tempo de preguiça não faz mal. A disciplina é importante para entender que, infelizmente, não somos senhores das nossas horas e precisamos abdicar da preguiça e entrar em ação para fazer o que deve ser feito.

Prato leve: Dos muitos momentos de preguiça consagrados por gregos e troianos, aquele momentinho de leseira depois do almoço é um dos mais difíceis de resistir. Nem sempre é regra, mas um dos principais fatores que influenciam e ditam o tamanho da preguiça são os alimentos ingeridos. Como explica a nutricionista Daniela Jobst, a LIVROS O Livro da Preguiça, Gillian Borges, Mercuryo Da Preguiça como Método de Trabalho, Mario Quintana, Globo alimentação é muito particular de cada indivíduo, e alguns possuem algumas restrições. Por isso, o ideal é que, independentemente do que se coma, todos sigam algumas regras básicas, apesar de serem velhas conhecidas e quase ninguém cumpri-las.

Primeiro, as refeições devem ser fracionadas ao longo do dia – buscando- se comer frutas de duas a três horas. Também não é recomendável beber durante as refeições: contudo, não é para cortar o líquido de vez. A nutricionista pede atenção para que se evite aqueles alimentos que não caírem bem. E, por fim, que se coma devagar.

Autoras do livro A Dieta dos Preguiçosos, Helena Sampaio e Maria Olganê Sabry afirmam que as pessoas querem se alimentar de forma prática e, ao mesmo tempo, comer alimentos saborosos e saudáveis. Mas a preguiça de preparar um prato correto (fazer mercado, cozinhar, lavar louça...) e buscar informações a respeito estimula o consumo de lanches e pratos congelados, que oferecem mais prejuízos que qualidades. Para espantar a preguiça, além da alimentação mais balanceada, obviamente, a prática de exercícios físicos é essencial.


Segura o tchan!: Entre lençóis há, basicamente, duas coisas a serem feitas. E, de acordo com a sexóloga Laura Muller, é importante dedicar minutos a mais para o ronco. “Quanto à preguiça de começar o sexo, isso é mais comum do que a gente pensa. A maioria das pessoas, hoje, vai para a cama na hora em que está morrendo de sono. Aí, bate mesmo aquela preguiça. Nessa hora, o desejo e o prazer sexual acabam ficando para segundo plano”, diz Laura.

Isso quer dizer que ninguém precisa ficar muito inseguro. Mas, para reverter a situação, voltemos à tal disciplina. Não, o sexo não precisa ser controlado e ter hora marcada sempre, pois isso o torna mais um aspecto mecânico da vida. A questão é deixar de lado o apego à rotina e surpreender. Além do mais, o sexo ajuda a relaxar o corpo e dormir melhor (afinal, o tema aqui ainda é preguiça).

Laura diz que “algumas mudanças de hábito podem ajudar, como deitar meia hora mais cedo. Parece simples? Mas é mesmo. Sentir desejo tem a ver com o fato de se preparar para o sexo – e não deixá-lo como a última opção”. Ela afirma que outra forma de lidar com a preguiça sexual é reservar mais momentos para saborear a vida. Um exemplo interessante: jantar com os amigos pode ser uma boa ocasião para flertar com o próprio parceiro. E esse clima de namoro e sedução atiça o desejo. Outra dica: escolher programas divertidos também é ótimo. Você relaxa, dá risadas e vai para a cama mais eufórica – e mais predisposta ao sexo. “A preguiça? Nesse caso, é ela que fica para segundo plano”, diz Laura.

Por fim, em Da Preguiça como Método de Trabalho, Mário Quintana resume tudo com a habitual ironia: “Certa vez abalancei-me a um trabalho intitulado ‘Preguiça’. Constava do título e de duas belas colunas em branco, com minha assinatura no fim. Infelizmente, não foi aceito pelo supercilioso coordenador da página literária. Já viram desconfiança igual? Censurar uma página em branco é o cúmulo da censura. Em suma: o que prejudica a minha preguiça prejudica o meu trabalho”.


Fonte: Revista Vida Simples - http://vidasimples.abril.com.br/

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

TDAH - Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade

O que é o TDAH? O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção).

O TDAH é comum? Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.

Quais são os sintomas de TDAH? O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas: 1) Desatenção e 2) Hiperatividade-impulsividade. O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites. Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.

Quais são as causas do TDAH? Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil -demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos. Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento. O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios). Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões, sendo: A) Hereditariedade, B) Substâncias ingeridas na gravidez, C) Sofrimento fetal, D) Exposição a chumbo, E) Problemas Familiares, F) Outras Causas: Outros fatores já foram aventados e posteriormente abandonados como causa de TDAH: 1. corante amarelo. 2. aspartame, 3. luz artificial, 4. deficiência hormonal (principalmente da tireóide), 5. deficiências vitamínicas na dieta.

Tratamento: O Tratamento do TDAH deve ser multimodal, ou seja, uma combinação de medicamentos, orientação aos pais e professores, além de técnicas específicas que são ensinadas ao portador. A medicação é parte muito importante do tratamento. A psicoterapia que é indicada para o tratamento do TDAH chama-se Terapia Cognitivo Comportamental. Não existe até o momento nenhuma evidência científica de que outras formas de psicoterapia auxiliem nos sintomas de TDAH. O tratamento com fonoaudiólogo está recomendado nos casos onde existe simultaneamente Transtorno de Leitura (Dislexia) ou Transtorno da Expressão Escrita (Disortografia). O TDAH não é um problema de aprendizado, como a Dislexia e a Disortografia, mas as dificuldades em manter a atenção, a desorganização e a inquietude atrapalham bastante o rendimento dos estudos. É necessário que os professores conheçam técnicas que auxiliem os alunos com TDAH a ter melhor desempenho (Obs: A ABDA oferece cursos anuais para professores). Em alguns casos é necessário ensinar ao aluno técnicas específicas para minimizar as suas dificuldades.


OBSERVAÇÃO: Este texto foi sintetizado pela Equipe do Blog Fisio & Movimento, mantendo fielmente as informações. Texto completo encontra na fonte citada abaixo.

Fonte: Site da Associação Brasileira do Déficit de Atenção - http://www.tdah.org.br/